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Diário da Amazônia

Pais acompanham evolução de bebês prematuros

Método Canguru é uma terapia de assistência ao bebê com baixo peso internado em UTI.

Por Assessoria
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Publicado: 13/08/2017 às 05h20min

Alex Mota pratica o Método Canguru com a filha récem-nascida por mais de quatro horas

Todos os dias, duas horas pela manhã, um pouco mais à tarde e também à noite, no total de mais de quatro horas, o motorista Alex Mota, 26 anos, pai de Ana Sofia, comparece à sala (intermediário) adequadamente preparada da ala da UTI Neonatal do Hospital de Base Ary Pinheiro e coloca em prática o Método Canguru, utilizado cada vez mais pelos papais, em companhia de suas mulheres no local.

É uma rotina que soma sete dias, desde que a pequenina nasceu prematura, com 35 semanas, precisando de cuidados especiais. Alex Mota é um dos pais que entram e saem de um dos espaços em funcionamento para a prática do Método Canguru, uma terapia de assistência ao bebê com baixo peso internado em UTI, e também a sua família, com estratégias de intervenção biopsicossocial, e cuidado humanizado.

“A criança se comunica com a gente. Esse contato bem próximo, em que ela sente o calor do corpo, ajuda na sua recuperação”, disse Alex, acomodado em uma confortável poltrona com o bebê, colocado pele a pele em posição vertical junto ao peito, de forma segura. Ele se sente tranquilo e paciente, muito à vontade no aconchego desfrutado pelo bebê.

O motorista e outros doze pais participaram de um café da manhã nesta quinta-feira (10) como forma de homenagem pelo Dia dos Pais preparado pela equipe da qual faz parte a coordenadora a UTI Neonatal, enfermeira Luzenir Maria de Souza. Boa parte deles começa a ter contato com o Método Canguru, desenvolvido em três etapas, com atendimento profissional multidisciplinar. A primeira delas é do pré-natal, com gestantes de alto risco internadas no Hospital de Base, até a UTI Neonatal.

“Nessa fase acompanhamos a mãe que faz o parto em condições de risco, mantemos ela informada sobre os cuidados que serão necessários com o bebê na UTI, informamos sobre o estado de saúde do seu filho.

Quando a criança nasce, fazemos sensibilização, para que se aproximem do bebê, toquem sem medo ainda dentro da UTI”, explica a médica neonatologista Telma Márcia Alencar Ferreira, coordenadora estadual do Método Canguru, que acompanha desde o início, no Hospital de Base, em Porto Velho, a adoção da terapia em Rondônia, iniciada a partir de janeiro de 2014, após o Ministério da Saúde promover treinamento para cerca de 30 profissionais.

A médica Telma Ferreira afirma que o Método Canguru contribui para que se reduza em até três semanas o tempo de um bebê com baixo peso na UTI Neonatal. Os benefícios da terapia são muitos: promove menos sequelas futuras nas crianças nessa condição; reduz tempo de eventuais infecções; incentiva o aleitamento materno e promove maior vínculo e afeto com a família.



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