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Diário da Amazônia

Parque Corumbiara refugia espécies animais e florestais

Parte de corredor ecológico binacional, o parque é o único de Rondônia que reúne três biomas diferentes

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 05/01/2020 às 08h22min | Atualizado 05/01/2020 às 10h50min

O Parque Estadual Corumbiara, localizado na fronteira de Rondônia com a Bolívia, faz parte do corredor ecológico binacional Iteñez/Guaporé/Mamoré e é o único de Rondônia com três biomas diferentes. Com uma área de mais 424 mil hectares, o parque é um refúgio para uma variedade de espécies florestais e animais como o cervo e o morcego pantaneiro ameaçados de extinção. No período de agosto a novembro, o parque recebe aves migratórias que escolhem o local para fazer ninhos. A chegada delas é um espetáculo para a contemplação de visitantes. A unidade de conservação é considerada atualmente uma das mais protegidas do estado.

O Parque Estadual Corumbiara passou a fazer parte do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e está credenciado a receber recursos do Ministério do Meio Ambiente para desenvolvimento de ações de proteção e fiscalização dos ecossistemas; no incentivo à pesquisa e monitoramento de plano de manejo, e atuação do Conselho Comunitário. O parque abrange os municípios de Cerejeiras, Pimenteiras e Alto Alegre dos Parecis, mais o entorno de microrregiões como Corumbiara e Alta Floresta do Oeste. O parque é monitorado e preservado com ações realizadas pelo governo estadual. O foco é garantir a proteção dos recursos naturais e manter as funções ecológicas do meio ambiente, incluindo a biodiversidade e as populações tradicionais.

Criado pelo Decreto no 4.576, de 23 de março de 1990, o Parque Estadual Corumbiara está classificado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como uma Unidade de Conservação de proteção integral. De acordo com o Plano de Manejo, no parque há 57 espécies de mamíferos, 173 de aves e 20 de répteis, incluindo 26 espécies consideradas raras, vulneráveis ou ameaçadas de extinção, como o macaco barrigudo, o cuxiú-de-nariz-branco e o quatá. As unidades geomorfológicas de relevo são as planícies e pantanais do médio e alto Guaporé, pediplano centro ocidental brasileiro, com altimetria média de cerca de 100 metros, chegando a atingir 200 metros. Os solos mais importantes são a laterita hidromórfica, o glei pouco húmico e o latossolo amarelo.

O fato de 70% do parque ser composto por áreas periodicamente inundáveis impõe uma série de determinantes à fauna e à flora que lá ocorrem. Não existe um levantamento exaustivo da fauna, mas durante a elaboração do plano de manejo foram constatadas 57 espécies de mamíferos, 173 de aves (entre mais de 500 prováveis) e 20 de répteis, incluindo 26 espécies consideradas raras, vulneráveis ou ameaçadas de extinção.

Fotos: Rosinaldo Machado

 



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