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Diário da Amazônia

PF entrega ao STF investigação sobre menções a ministros

O diálogo levou a Procuradoria Geral da República (PGR) a rescindir o acordo de colaboração, pela suposta ajuda prestada

Por G1/Globo
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Publicado: 16/12/2017 às 05h40min

Por causa das menções a ministros do STF, Cármen Lúcia pediu uma investigação da PF (Foto: Ascom / TSF)

O diretor-geral da Polícia Federal entregou ontem (15) à presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, um relatório parcial da investigação aberta em setembro para apurar menções a membros da Corte feitas pelos executivos da J&F Joesley Batista e Ricardo Saud.

Segundo a TV Globo apurou, no documento entregue a Cármen Lúcia, a PF afirma que não há indícios de ilicitudes na conduta dos ministros da Corte.

Em gravação entregue pela empresa em setembro, dentro do processo de delação premiada, os dois falaram sobre uma possível tentativa de gravarem o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para que ele pudesse “entregar” ministros da Corte.

O diálogo levou a Procuradoria Geral da República (PGR) a rescindir o acordo de colaboração, pela suposta ajuda prestada pelo ex-procurador Marcello Miller nas negociações para fechar o acordo, quando ele ainda integrava o órgão.

Por causa das menções a ministros do STF, Cármen Lúcia pediu uma investigação da PF, com data para início e fim, para que de não ficasse, segundo ela, “qualquer sombra de dúvida sobre a dignidade deste Supremo Tribunal Federal e a honorabilidade de seus integrantwes”.

Ontem, a ministra recebeu o chefe da PF por cerca de 30 minutos em seu gabinete. Na saída, Segovia não informou as conclusões da investigação.

“A Polícia Federal, neste momento, entrega relatório parcial da investigação que foi aberta a pedido da presidente, ministra Cármen Lúcia, a respeito dos áudios entregues envolvendo Joesley Batista e Ricardo Saud. As conclusões da investigação parcial estão nas mãos da ministra Cármen Lúcia e tão logo haja uma análise ela deverá expor ao público quais são essas conclusões”, se limitou a dizer.

Até a última atualização desta reportagem, o gabinete da ministra também não havia divulgado os resultados da apuração. (G1 / Globo)



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