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Diário da Amazônia

Preços de alimentos não devem ter grande alta

A previsão é do economista Elias Nunes, de Cacoal, para o ano de 2018 sobre os ítens.

Por Magda Oliveira Diário da Amazônia
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Publicado: 23/02/2018 às 07h00min

Valores aplicados sobre os gêneros alimentícios estiveram instáveis, para economista

Nos últimos meses, muitas famílias tiveram que passar por uma readequação financeira para conseguirem arcar com contas básicas. Em Cacoal não foi diferente, os constantes aumentos nos preços da gasolina e gás de cozinha comprometeu muito o orçamento familiar. Por outro lado, no município os valores dos alimentos se mantiveram instáveis e de acordo com análise realizada pelo economista e professor universitário da Unesc Elias Nunes, a previsão para 2018 é que o setor alimentício não sofra grandes aumentos.

Elias explica que a inflação oficial de 2017 medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou uma alta de 2,95%. Esse índice ficou historicamente abaixo da meta estabelecida pelo Banco Central, que seria de 4 a 5%.

“Com essa inflação mais baixa, tivemos uma contribuição para o não aumento em alguns setores, como, por exemplo, no de alimentação. Podemos verificar aqui em Cacoal que não houve grandes altas de preços nos alimentos, mas sim uma instabilidade”, analisou Elias.

Por outro lado, em 2017, mesmo a inflação tendo ficado abaixo da meta, ela foi puxada pelos preços da botija de gás de cozinha que aumentou durante todo o ano de 2017 em torno de 16 a 17%, os planos de saúde, energia elétrica residencial e gasolina. “Esses itens foram importantes e pesou no orçamento, a energia elétrica teve aumento de 10,35% e a gasolina 10,32% em 2017”, contou.

Os aumentos

Segundo o economista, no caso do setor alimentício, ficou de certo modo instável durante todo o ano. “Obviamente que o aumento desses itens como combustível e gás de cozinha acabam de algum modo influenciando no preço dos alimentos, embora algumas safras tenham melhorado a oferta de produtos, não deixando os preços subirem tanto, ainda assim, existe uma certa elevação nos valores. Principalmente no caso da gasolina que impacta no preço do transporte e custo das empresas”, avaliou Elias Nunes.

Para economista, valores de produtos serão realinhados

Perspectiva para 2018 sobre os valores 

Algo perceptível, segundo Elias Nunes foi que em dezembro de 2017, apesar de uma alta pequena, houve o aumento no valor de alguns produtos. “Pode haver um realinhamento de preços em 2018. A previsão é que se mantenha no mesmo nível de 2017, mas pode haver esse realinhamento, já que os valores não subiram tanto em 2017 e podem sim haver pequenos valores em 2018”, afirmou.

A professora Lourdes de Faria Monteiro, concorda que não viu tantas surpresas de valores durante o ano nas idas ao supermercado, já no momento do abastecimento sofreu um pouco e até se disse surpresa com os constantes aumentos no valor do preço por litro da gasolina nas bombas.

“Na minha casa temos carro e moto, porém o carro acabou ficando um pouco abandonado. Pois é bem mais fácil encher o tanque da moto do que do carro. Durante todo o ano passado tivemos surpresas ao ir nos postos de gasolina, cada vez que abastecia encontrava um preço mais alto nas bombas, isso acaba assustando um pouco a gente”, disse a professora.

Gás de cozinha

O preço do gás de cozinha é um dos grandes vilões. No mês de dezembro de 2017, a Petrobras anunciou um reajuste de 10% no valor do produto. Sendo que Cacoal e Pimenta Bueno apresentam um dos maiores valores do Estado de Rondônia, com botijas de 13 quilos sendo vendidas a quase R$ 90.



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