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Diário da Amazônia

Vilhena: Prefeito exonera cem servidores comissionados

Como anunciado pelo Diário da Amazônia na semana passada, o prefeito do município de Vilhena, Zé Rover (PP) confirmou no último..

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Publicado: 06/01/2015 às 15h40min | Atualizado 29/04/2015 às 04h01min

Rover disse, ainda, que a redução do FPM irá trazer crise para Vilhena a partir deste ano  Rômulo Azevedo/Diário da Amazônia

Rover disse, ainda, que a redução do FPM irá trazer crise para Vilhena a partir deste ano Rômulo Azevedo/Diário da Amazônia

Como anunciado pelo Diário da Amazônia na semana passada, o prefeito do município de Vilhena, Zé Rover (PP) confirmou no último sábado, mudanças estratégicas em seu governo na tentativa de reduzir custos e deixar de enfrentar problemas com o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) quanto às aprovações de seus gastos, que nos últimos dois anos tiveram resultado desfavorável ao município. O prefeito eliminou da folha de pagamento mais de 100 servidores comissionados, reduziu as gratificações, horário de atendimento, e extinguiu quatro secretarias municipais. A meta é, segundo ele, economizar mais de R$ 6 milhões ao longo do ano com as mudanças anunciadas.

A Secretaria Municipal de Agricultura, antes comandada por José Cândido Espíndola, foi integrada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, cuja titular é a ex-vereadora Sandra Melo. A Secretaria Municipal de Trânsito, cuja titularidade pertencia ao empresário Marcos Zola, agora foi incorporada à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. Já a Fundação Cultural, cujo presidente era o servidor público, Anísio Ruas, foi novamente inserida na Secretaria Municipal de Esportes, comandada pelo também servidor, Wellington Ferreira Oliveira. Por fim a Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio, então dirigida pelo empresário Eliar Negri, agora está sob os cuidados da Secretaria Municipal de Assuntos Governamentais, cujo representante é o pré-candidato à prefeitura, Gustavo Valmórbida.

De acordo com a assessoria do prefeito a redução do valor pago aos servidores em funções gratificadas foi de 20%, e ainda está terminantemente proibida a realização de horas extras, além de pagamento de 1\3 de férias em pecúnia. Zé Rover disse que decidiu realizar estes cortes desde meados do segundo semestre do ano passado, e vinha esperando o melhor momento para fazê-los. O enxugamento de gastos tem, ainda segundo o prefeito, o objetivo de promover economia que possa gerar receita para o custeio de contrapartidas às obras do governo federal que serão iniciadas ainda este ano em favor do município de Vilhena. O que se percebe, no entanto, é que o contribuinte vilhenense vinha arcando despesas políticas do prefeito há muito tempo. O tamanho do corte mostra o quanto a folha de pagamento do município estava inchada, e justifica a falta de investimento público municipal em obras ao longo da cidade. Justifica, também, a série de reclamações que a população vem fazendo nos mais variados setores do poder executivo local. Apesar de necessário, o ajuste foi feito tardiamente, no momento em que o prefeito se viu acuado pelo TCE-RO.

Suas contas foram reprovadas, entre outras coisas, por excesso de gasto com pessoal, e contratações às vésperas do período eleitoral. Outro problema sério que o prefeito de Vilhena terá que resolver, e ao mesmo tempo arcar com a possível economia, é a dívida que o Poder Executivo tem junto ao Instituto de Previdência do Município de Vilhena (IPMV).

O repasse que o executivo deve fazer à instituição está atrasado, e a dívida já passa dos oito dígitos. Mesmo Zé Rover falando em crise, e confirmando que a redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) irá refletir apenas neste ano em Vilhena, nunca o município arrecadou tanto. O orçamento previsto para este ano é de mais de R$ 288 milhões somente de dinheiro arrecadado pela prefeitura. Já neste mês de janeiro o município receberá R$ 140 milhões em obras do Governo Federal.



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