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Diário da Amazônia

Procuradoria Eleitoral ajuiza ação contra Garçom por compra de votos

Eleito deputado federal, Lindomar Garçom é alvo de ação de investigação judicial, ajuizada pela Procuradoria Regional Eleitoral em..

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Publicado: 16/12/2014 às 09h17min | Atualizado 27/04/2015 às 06h51min

Eleito deputado federal, Lindomar Garçom é alvo de ação de investigação judicial, ajuizada pela Procuradoria Regional Eleitoral em Rondônia (PRE/RO), alegando compra de votos nas eleições deste ano. Se o Tribunal Regional Eleitoral deferir a ação, Garçom pode ter seu registro de candidatura ou diploma cassados, bem como, ser considerado inelegível pelo período de oito anos.

De acordo com a PRE/RO, a compra de votos ocorria no comitê de Garçom, por meio da contratação de diversos mototaxistas que atraíam pessoas na rua e as levavam até o local, onde recebiam R$ 50 em troca do voto. Foram levados 350 eleitores até o local. Há registros da organização da campanha eleitoral de que foram gastos mais de R$ 17 mil com o serviço de mototáxi, prática que a PRE/RO afirmou ter desrespeitado o Código Eleitoral e repercutido na normalidade e legitimidade do pleito.

Em inquérito da Polícia Federal, foram reunidos elementos que resultaram no indiciamento de Paulo Sérgio Gomes, Manoel Trindade, Igor Mendonça e Lindomar Garçom mediante a comprovação do crime praticado em 4 de outubro, véspera das eleições. A Polícia Federal recebeu denúncia da realização de compra de votos e encaminhou uma equipe de policias ao comitê. Lá, foi constatado que cada eleitor recebia R$ 50 e que o dinheiro se encontrava em uma caminhonete adesivada com a propaganda de Garçom.

No veículo foram encontrados material de campanha, documentos pessoais de Paulo Sérgio e de Lindomar Garçom, cartões bancários do candidato eleito, folhas de cheque assinadas e com valores em branco, e R$ 3,5 mil em notas de R$ 50, além de 25 requisições de combustível e os documentos pessoais de Manoel Trindade, que arremessou sua carteira em terreno abandonado ao perceber a abordagem da Polícia Federal. Todos foram presos em flagrante.
Para a PRE/RO, essa prática deve ser punida a fim de que não seja realizada por futuros candidatos e repetida por Garçom, uma vez que a disputa eleitoral deve ser revestida de lisura.



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