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Diário da Amazônia

Projeto Dia de Campo atende 4 polos

Enquanto sojicultores de Rondônia já começaram a colheita da safra deste ano, a Embrapa se antecipa e inicia os dias de campo de soja..

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Publicado: 22/02/2015 às 03h50min | Atualizado 28/04/2015 às 17h59min

Enquanto sojicultores de Rondônia já começaram a colheita da safra deste ano, a Embrapa se antecipa e inicia os dias de campo de soja para contribuir com o produtor para o planejamento da safra 2015/2016. Será uma sequência de dias de campo em quatro regiões do Estado, em que produtores, técnicos e estudantes terão a oportunidade de conhecer diferentes cultivares de soja (convencional e transgênica) desenvolvidas pela Embrapa e avaliadas em cinco regiões do Estado, obter informações sobre o manejo da cultura e controle de pragas e doenças.

O primeiro dia de campo foi em Vilhena, na última sexta-feira, no Campo Experimental da Embrapa Rondônia, localizado na BR-364, Km 6. Este município possui a maior área de produção de soja do Estado e conta com alto nível tecnológico em suas lavouras. Os dias de campo seguem para Cerejeiras nesta segunda-feira, Castanheiras no dia 25 e encerram em Porto Velho no dia 3 de março. Desta maneira, será possível ao público conhecer o potencial produtivo e o desempenho das cultivares nas diferentes regiões.

Segundo engenheiro agrônomo, o custo da produção da soja tem aumentado e o preço pago na safra é reflexo disto

Segundo engenheiro agrônomo, o custo da produção da soja tem aumentado e o preço pago na safra é reflexo disto

De acordo com o engenheiro agrônomo da Embrapa Rondônia, Frederico Botelho, o custo de produção da soja tem aumentado, e os altos preços pagos pelos produtores na safra 2014/15 na aquisição das sementes é reflexo disso. Desta maneira o produtor precisa evitar erros, que podem significar grandes prejuízos. Torna-se, portanto, cada vez mais necessário o uso de cultivares adaptadas à região de plantio, potencializando bons resultados, produtividade e maior lucratividade ao sojicultor. “A apresentação de cultivares adaptadas às regiões de Rondônia e com características que atendem às demandas dos produtores poderão ser observadas pelo público, podendo ser determinante para a escolha da semente certa pelo produtor”, explica Botelho.

A soja é o produto agrícola que mais gera receita para o Estado, superando o café. Segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE de dezembro de 2014, a soja gera uma receita de R$ 601 milhões enquanto a do café é de R$ 285 milhões. Além disso, a cultura da soja está se expandindo a cada ano em Rondônia, sendo cultivada em 26 dos 52 municípios do Estado e ocupa uma área de aproximadamente 240 mil hectares (ha). “A soja é considerada hoje o principal produto agrícola do Estado e grande impulsionador de culturas como o arroz, milho e uma boa alternativa para a renovação de pastagem no sistema de integração Lavoura Pecuária”, explica o pesquisador da Embrapa Rondônia, Vicente Godinho. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) 2015, houve um aumento de 20% na área plantada na safra 2014/15, sendo o Estado com a maior expansão percentual de área de soja no País. Além disso, a soja em Rondônia possui produtividade média de 3.180 kg/ha (Safra 2013/14 – Conab, 2015), superior à média nacional que é de 2,854 kg/ha. O pesquisador Godinho destaca ainda boas expectativas para este ano. “Com a regular distribuição de chuvas até o momento no Estado nos leva a crer que teremos uma safra recorde, diferentemente de outras regiões do país onde a falta de chuvas pode ter prejudicado a produtividade”, conclui.

De acordo com Frederico Botelho, enquanto na região do Cone Sul as áreas de soja já estão consolidadas e os produtores estão em busca de cultivares que potencializem a semeadura da safrinha em épocas mais propícias para obter maior produtividade, as regiões Centrais e Norte de Rondônia estão em expansão. “Anualmente há novas áreas onde está sendo introduzida a cultura da soja e isto faz com que a escolha de cultivares adaptadas e adequadas para cada situação seja uma etapa que impactará significativamente nos resultados finais e na lucratividade”, argumenta Frederico, comentando que nestas últimas regiões, a soja está sendo introduzida em áreas de pastagem degradada, sem avançar sobre a floresta. (AI)



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