Janaiara Nogueira, moradora do Castanheira, reclamou da situação “insuportável”
Moradores da zona Sul estão enfrentando racionamento de água há quatro dias, devido uma medida de manobra da empresa Caerd.
Os bairros Cohab I e II, Odacir Soares I e II, Cidade do Lobo, Chagas Neto I e II, Ypê, Morada Sul, Castanheira, Mamoré e Araguaia, estão enfrentando racionamento de água desde o começo da semana, fato este, que vem prejudicando a vida dos moradores, pois ficam impedidos de executar suas atividades do dia a dia.
A medida em regime de manobra pede para que a população evite lavar veículos, calçadas e outros gastos desnecessários no momento.
A medida se deu na captação da água feita através de poços profundos, que devido ao rigor do verão na região amazônica, ocorre o rebaixamento natural do nível do lençol freático, e quando aliado ao alto consumo de água nesta época, afeta na distribuição de água nos bairros.
É o que acontece com Janaiara Nogueira que produz pães artesanais em casa, ela mora no bairro Castanheira, e conta que é insustentável ficar quatro dias sem água no calor, e revela que a medida da Caerd afetou bruscamente sua rotina, inclusive sua produção.
“Nós estamos sobrevivendo apenas com o resto que sobrou na cisterna, que nem ficou cheia da última vez que a Caerd liberou a água, hoje faz quatro dias que não chega um pingo de água, já faz algum tempo que a água que vem pra cá está pouca, os meus clientes vêm buscar as encomendas e encontram a casa suja, pois não tem como limpar, a situação neste calor fica impossível”, disse a moradora.
No bairro Cohab I, o morador Lucas Rafael, conta que o racionamento começou desde a metade de julho, e hoje a água só chega durante três dias na semana, sobre a situação que enfrenta ele diz:
“Estamos sem água desde a metade de junho, e esse racionamento agora piorou, pois passamos a receber água apenas três dias durante a semana, e essa situação dificulta muito a nossa vida, porque precisamos limpar a casa, cuidar dos cachorros, está tão difícil que para sabermos a hora da chegada da água precisamos ligar para a central”, disse Lucas.
O Diário entrou em contato com a Caerd, mas não existe previsão de quando o serviço de distribuição voltará a normalidade.
