Porto Velho/RO, 19 Março 2024 19:45:09
Diário da Amazônia

Regina Duarte há 40 anos recebia o maior prêmio da Cultura e Arte Dramática.

Atriz sensibilizou o Brasil em Malu Mulher na Rede Globo em 1980. A mulher que retratava a classe feminina no Brasil do século XX.

Por Victoria Angelo Bacon.
A- A+

Publicado: 09/02/2020 às 17h34min

Desde que Regina Duarte foi anunciada secretária da Cultura do Brasil pelo presidente Jair Bolsonaro, uma avalanche de críticas partindo de anti-bolsonaristas, anti-Governo; enfim, anti- tudo, em especial a José de Abreu, que sempre demonstrou inveja por talentos natos e reconhecidos nacionalmente, aqui menciono Regina Duarte.

Dizer ou escrever nas Redes Sociais que Regina Duarte foi premiada com cargo no governo Bolsonaro por ter simplesmente o apoiado é um crime contra sua história dedicada a 55 anos a Arte e a Cultura Nacional. A teledramaturgia, o teatro e o cinema é a tríade que resume a vida de Regina Duarte. Se ela, com toda a bagagem de conhecimento na arte dramática não tem condições para assumir o maior posto da Cultura do Brasil, o Zé das Couves terá?

Regina Duarte durante os protestos de Rua em 2015.

Simplesmente Regina Duarte.

Regina iniciou sua trajetória na Arte Dramática com apenas 19 anos quando interpretou a jovem Maria Luiza ou Malu em A Deusa Vencida de Ivani Ribeiro na extinta TV Excelcior. Em 1970, após 5 anos de trabalhos na Excelsior, Regina é convidada por Daniel Filho a interpretar Ritinha em Irmãos Coragem na TV Globo que seria o início de uma carreira com muito brilho e sucesso. Depois veio o papel mais adulto com a batalhadora Simone Marques em Selva de Pedra de 1972 e durante a novela, engravida de sua filha Gabriella Duarte a quem contracenaria 25 anos depois. Em 1979 se consolida nos lares do Brasil com o papel emocionante e marcante de Malu, no seriado da TV Globo Malu Mulher que a lhe rendeu o maior prêmio da Cultura em Teledramaturgia da época em 10 de fevereiro de 1980.

Após 5 anos, Regina parou o país com as gargalhadas e a espalhafatosa Porcina em Roque Santeiro de Dias Gomes. Com esse papel que a marcaria na história da TV brasileira, Regina se consolidou com outros papéis a politicamente correta Raquel Accioli em Vale Tudo (1988), a barraqueira e autêntica Maria do Carmo de Rainha da Sucata (1990). além de ter sido a atriz que mais deu vida às Helenas de Manoel Carlos, nas novelas História de Amor (1995), Por Amor (1997) e Páginas da Vida (2006). Sem Regina, nunca poderia ter criado a Helena do Brasil das novelas, confessou Manoel Carlos.

Regina foi casada entre 1969 e 1975 com o engenheiro Marcos Flávio Franco Cunha, com quem teve dois filhos, o diretor André Duarte (1970) e a atriz Gabriela Duarte (1974). Regina atuou com a filha em três ocasiões: nas telenovelas Por Amor e Top Model, onde interpretaram igualmente mãe e filha, e na minissérie Chiquinha Gonzaga, onde dividiram o mesmo papel em fases diferentes. Em 1976 começou a namorar o diretor Daniel Filho, com quem foi casada entre 1978 e 1979. Entre 1980 e 1982 namorou o publicitário argentino Daniel Gómez, com quem teve seu terceiro filho, o cineasta João Gomez. Em 1983 se casou com o diretor Del Rangel, permanecendo até 1995. Em 2000 começou a namorar o fazendeiro Eduardo Lippincott, com quem mantém uma união estável desde então.

Foi agraciada com a grã-cruz da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo em 5 de setembro de 2017.

Regina inicia seu cargo de secretária nacional da Cultura na próxima semana.



Deixe o seu comentário