Porto Velho/RO, 20 Março 2024 18:27:07
SAÚDE

Rondônia alcança mais de 90% da taxa de cura da hanseníase

Agevisa alerta que o diagnóstico precoce resulta na cura e quanto mais rápido o paciente for diagnosticado, maior a chance de cura.

A- A+

Publicado: 09/03/2020 às 10h35min

Dados da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) mostram que o estado de Rondônia ultrapassou os 90% da taxa de cura da hanseníase estipulada pelo Ministério da Saúde, e ocupa o terceiro lugar na região Norte na detecção da doença, o primeiro é o estado do Mato Grosso, seguido por Tocantins. Em 2018, Rondônia atingiu 89,2%. “Temos o nosso Plano Estadual de Saúde e o Sispacto que pactuam os indicadores em saúde. Uma das metas é alcançar a cura em 90% dos casos novos de hanseníase dentro do Estado.

O diagnóstico precoce resulta na cura e quanto mais rápido o paciente for diagnosticado, maior a chance de cura, como explica a diretora da Agevisa, Ana Flora. Ela destaca a importância do tratamento completo. “A equipe realiza o acompanhamento do paciente e não pode deixar que ele abandone o tratamento. Não adianta o governo federal disponibilizar recursos para desenvolvermos as ações, se o paciente não conclui e abandona o tratamento, que é caro e tem um custo para isso”, menciona.

Para a coordenadora de hanseníase, Albanete Mendonça, as ações desenvolvidas pela Agevisa com o acompanhamento e mapeamento dos casos, e a capacitações dos profissionais são fatores que ajudam a combater a doença. “Acompanhamos os casos durante todo o ano e intensificamos as campanhas no Janeiro Roxo, que é um movimento nacional, e 7 de julho, quando acontece o Dia Estadual de Mobilização para o Controle da Hanseníase”, informou.

O que é a henseníase

Historicamente conhecida como “lepra”, uma doença que também matava (ou mata) pela discriminação, principalmente gerada por sua condição de alta infectividade e mutilação, a hanseníase é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.

Com informações da Secom



Deixe o seu comentário