O rebanho bovino rondoniense poderá deixar de ser vacinado contra a febre aftosa já a partir de 2018, segundo o Mapa
Rondônia poderá ser o primeiro Estado brasileiro a retirar a vacinação contra a febre aftosa, conforme prevê o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, que esteve em Rondônia na segunda quinzena de setembro para o processo de auditoria nas áreas de pessoal, gestão e de infraestrutura do Estado. Na semana passada, houve um encontro em Rondônia para definir as atribuições de cada Estado e dos países fronteiriços. “Estive em Rondônia, a convite do governo do Estado, e participei de reunião com setor privado e representante do governo do Peru.
Existe a perspectiva de que o Estado seja o primeiro a retirar a vacina contra a febre aftosa porque faz parte do Bloco 1”, disse. De modo geral, Marques observou que Rondônia, que tem um rebanho de cerca de 13,7 milhões de cabeças, dos quais 13,6 milhões de bovinos e 6.148 de bubalinos, precisa aperfeiçoar seus sistemas de vigilância e fiscalização.
Segundo ele, o Mapa tem realizado auditorias para detectar os pontos vulneráveis nas áreas de pessoal, gestão e infraestrutura de cada Estado. O trabalho já foi feito no Acre e está sendo concluído em Rondônia. O objetivo da reunião foi mostrar a necessidade de todos os segmentos discutirem as ações para alcançar o reconhecimento de livre de aftosa sem vacinação. O Mapa está intensificando as reuniões com os Estados da região Norte do País para definir as medidas necessárias à retirada da vacinação contra a febre aftosa, a partir de 2019, e a decretação de país livre da doença sem vacinação, em 2023. As ações integram o Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa). Segundo o diretor Guilherme Marques, do Departamento de Saúde Animal do Mapa, nos dias 23 e 24 deste mês será realizada, em Porto Velho, a primeira reunião com os estados de Rondônia, Acre e os vizinhos Amazonas e Mato Grosso, que compõem o bloco 1 do Pnefa, além da Bolívia e Peru. No bloco 2, a reunião será em Manaus, dias 7 e 8 de novembro. Integram este grupo os estados de Amazonas, Amapá, Pará e Roraima, além dos vizinhos Mato Grosso, Goiás e do Tocantins. Já o bloco 3 se reunirá dias 21 e 22 de novembro, em Natal. Integram o bloco Alagoas, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Piauí, além dos vizinhos Tocantins, Sergipe e Bahia. Os blocos 4 e 5 ficarão para o próximo ano.
