Com o objetivo de promover a prática continuada de ações de inovação nas empresas de pequeno porte, por meio de uma orientação proativa e personalizada, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Rondônia (Sebrae-RO) estão promovendo o terceiro concurso Agentes Locais de Inovação (ALI). As inscrições desse processo seletivo já estão abertas e vão até o dia 13 de novembro, oferecendo duas vagas para a função de Orientador e 45 vagas para Agentes com remuneração de R$ 4 mil e R$ 2 mil, respectivamente.
Silene Guedes, Maria Tereza e Arimaldo Brasil recordam e comemoram o sucesso do programa nas edições anteriores
De acordo com o CNPq o programa ALI busca promover a inovação nas pequenas empresas, através de bolsistas capacitados pelo Sebrae que acompanham 1,2 mil empresas localizadas no Estado de Rondônia. O programa tem abrangência nacional e está consolidado como estratégia de competitividade para as pequenas empresas, com duração de até 31 meses; sendo um mês de capacitação e 30 meses de atuação em campo. Durante o período de vigência do programa, o desempenho dos ALI será sistematicamente mensurado por instrumentos de acompanhamento e avaliação de resultados. A bolsa será suspensa a qualquer tempo em função do baixo desempenho.
A coordenadora estadual do ALI, Maria Tereza, disse que é possível constatar as mudanças nas microempresas que tiveram assessoria do programa, nesses quatro anos em que foi implantado em nossa região. “Percebemos que nesses dois ciclos dos processos seletivos, as empresas realmente tiveram grandes mudanças e hoje há relatos de que algumas delas – que já estavam para fechar as portas – conseguiram dar um salto qualitativo. Outras estavam estagnadas e conseguiram modificar toda a parte de processos, de marketing e até mesmo de funcionários. Isso pra gente é muito bom, muito importante, porque afinal de contas a nossa missão é apoiar as pequenas empresas”, relata.
Primeiro processo seletivo
Para Arimaldo Brasil – que foi Agente Local do primeiro processo seletivo realizado no Estado, em 2010, “foi muito gratificante participar do programa e todo o processo me fez crescer bastante como profissional. Hoje sou funcionário do Sebrae e exerço a função de analista técnico”. Ele explica que o programa contempla pessoas recém-formadas e proporciona vasta experiência em diversas áreas. Os Agentes Locais são treinados para assessorar as microempresas.
“Tínhamos uma meta de 40 empresas para serem atendidas durante dois anos. O que o Agente faz? Primeiro, um diagnóstico para saber como a empresa estava, identificando os pontos fortes e fracos – para saber o que de fato precisava ser melhorado. Feito esse levantamento, apresentávamos uma resposta e um projeto de possíveis melhorias para o empresário. Aguardávamos a decisão do empresário para começarmos o processo de inovação. É uma experiência dinâmica, intensa para o profissional e para as microempresas – que são empresas que têm um faturamento de no máximo R$ 360 mil por ano”, explica Brasil.
Silane Guedes, administradora de empresa, também passou pela experiência de ser uma ALI. Ela foi aprovada no segundo processo seletivo e conta que já tinha quase três anos de formada, quando surgiu a oportunidade de fazer o concurso promovido pelo CNPq em parceria com o Sebrae estadual; passou dois anos como Agente e atualmente é analista do Sebrae. “A experiência como Agente valeu muito a pena, porque o papel fundamental do ALI é levar inovação; de forma que nós saímos de uma linguagem técnica e passamos a conhecer a linguagem da vida real do empresário, do dia a dia dele; também tem a função de explicar para o pequeno empresário a real necessidade de inovar, com vistas a gerar um diferencial competitivo na empresa dele, para gerar mais lucros. Porque inovação sugere também que a empresa tenha sempre um caixa positivo”, disse.
Diagnóstico da empresa é analisado pelo Ali
Segundo a coordenadora do programa, o diferencial do ALI é que, em primeiro lugar existe a figura do Agente Local que vai até a empresa – o empresário não precisa ir até o Sebrae. A partir dessa visita ele faz um diagnóstico empresarial e de inovação; retorna para o Sebrae onde tem um consultor sênior que dá todo o apoio para esse Agente. Assim que o diagnóstico da empresa-alvo é analisado, estabelecem-se as ações que a referida empresa pode estar implementando como diferencial. Até aí o empresário não tem nenhum custo. O Agente retorna à empresa para apresentar o diagnóstico e recomendar o processo de consultoria. “O segundo momento acontece quando o empresário demonstra interesse em inovar; então, apresentamos um outro programa em que o Sebrae subsidia até 80% da consultoria estabelecida e também faz o acompanhamento; dando seguimento ao processo de implementação das mudanças necessárias”, esclarece. Os interessados em participar do terceiro processo seletivo devem ter no máximo três anos de formação – em qualquer área profissional – e para se inscrever deve acessar o seguinte site: www.nectar.org.br/aliro.
Os aprovados nesse concurso serão bolsistas pelo CNPq e preencherão as vagas que foram distribuídas da seguinte forma: sete vagas para Porto Velho (mais 11 para cadastro reserva); uma vaga para Guajará-Mirim (mais uma para cadastro reserva); três vagas para Ariquemes (mais duas para cadastro reserva); uma vaga para Jaru (mais uma para cadastro reserva); cinco vagas para Ji-Paraná (mais duas para cadastro reserva); cinco vagas para Cacoal (mais duas para cadastro reserva); duas vagas para Pimenta Bueno (mais uma para cadastro reserva); e três vagas para Rolim de Moura (mais uma para cadastro reserva). Os candidatos a Agentes Locais de Inovação deverão fazer opção pelas vagas de uma única região e residir em uma destas cidades, na data de assinatura do Termo de Aceitação de Bolsista.
