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RONDÔNIA

Seduc contrata professores temporários para diversas disciplinas

Um grupo de pais de alunos do Instituto Estadual de Educação Carmela Dutra (IEECD) localizado no bairro Arigolândia, reivindicaram junto..

Por Portal SGC
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Publicado: 12/11/2014 às 07h05min | Atualizado 29/04/2015 às 07h21min

Um grupo de pais de alunos do Carmela Dutra reivindicaram junto à Seduc a contratação de professores de física, geografia, português e química.Foto: Roni Carvalho

Um grupo de pais de alunos do Carmela Dutra reivindicaram junto à Seduc a contratação de professores de física, geografia, português e química.Foto: Roni Carvalho

Um grupo de pais de alunos do Instituto Estadual de Educação Carmela Dutra (IEECD) localizado no bairro Arigolândia, reivindicaram junto à Secretaria de Estado da Educação (Seduc) a contratação de professores para o preenchimento de vagas nas disciplinas de física, geografia, língua portuguesa e química, alegando que sem esses profissionais não haverá possibilidade do ano letivo ser concluído sem prejuízos para os alunos do ensino fundamental e médio.

A diretora Vera Lúcia Borges considera legítima a preocupação desses pais e diz que a escola já tem a solução para o problema: “fizemos um processo seletivo para a contratação de professores temporários, que vão atuar durante um período de 90 dias, através do Programa de Apoio Financeiro da Secretaria de Estado de Educação(Proafi/Seduc). Foi feita a análise curricular e agora aguardamos a contratação deles, ainda nesse mês de novembro. Mas, as contratações estão dependendo de um parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE)” informa.

Impedimento  legal

O secretário de Estado da Educação, Emerson Castro, esclarece que a direção do IEE Carmela Dutra está ciente que a Lei Estadual nº 3350 de 24 de abril de 2014 – que delibera sobre as diretrizes do Proafi – está em vigor, devidamente regulamentada. “Portanto, não há qualquer impedimento legal para que a escola dê andamento ao procedimento administrativo extraordinário, ou seja, a contratação de professores temporários”, analisa.

Entretanto, o TCE até o momento não emitiu parecer sobre o assunto. Segundo a diretora Vera Lúcia, o Proafi tem como objetivos prestar assistência financeira, em caráter suplementar; dar suporte e apoio à manutenção e desenvolvimento do ensino e proporcionar maior rapidez e eficácia na operacionalização das atividades educacionais, às unidades escolares urbanas e rurais da Rede Pública Estadual, abrangendo suas extensões nas Unidades Executoras(as escolas estaduais). De acordo com os Artigo 7º e 8º da Lei Estadual 3350, o Proafi terá como fonte de recursos, os oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – Fundeb – e do Tesouro da União e do Estado.

Onde são aplicados os recursos do Proafi

Além disso, os recursos do Proafi deverão ser destinados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, conforme prevê o artigo 70 da Lei nº 9.394, de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em especial: aquisição e manutenção de equipamentos e mobiliários; aquisição de materiais de expediente, limpeza e utensílios; aquisição de materiais didáticos, pedagógicos e esportivos; manutenção, conservação e adequação das instalações e espaço físico do prédio da escola; pagamento de despesas de água, energia elétrica, internet, telefone e locação de bens móveis e imóveis; contratação de prestadores de serviços, pessoa física ou jurídica, como por exemplo, de professores temporários, oficineiros, técnicos de manutenção predial, dentre outros, desde que seja de forma eventual e devidamente autorizado pelo titular da Seduc e pelo setor de lotação que deverá avaliar a necessidade de cada contratação; custas e emolumentos de serviços prestados por cartório de registro de pessoa jurídica e de notas, bem como a emissão de certificado digital da Unidade Executora.

falta de professoras prejudica alunos

As alunas Ellen Nataxa (16 anos) e Victória (14 anos) são concluintes do Ensino Fundamental constatam que desde o início deste ano têm dificuldades com a falta de professores. “Muitos colegas desistiram e outros pediram transferência para escolas particulares. É muito ruim vir para a escola e chegar aqui não ter aula”, diz Ellen. As estudantes concordam que a falta de professores para lecionar, principalmente, as disciplinas de português e matemática, prejudica o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. “Já ficamos sem estudar muitos conteúdos. Isso é péssimo pra gente. Vou concluir o nono ano e concorrer a uma vaga no Ifro (Instituto Federal de Rondônia); sei que lá são quatro anos para concluir o Ensino Médio, mas vou ter a chance de sair com uma formação profissional”, enfatiza Victória. Segundo a direção da escola, um dos principais motivos da ausência de profissionais em sala de aula é por problemas de saúde. “Atualmente, temos cinco professores afastados por licença médica e só retornarão no próximo ano e mais dois que entraram com pedido de aposentadoria”, acrescenta Vera Lúcia.

processo seletivo aprova seis

O processo seletivo para a contratação de professores temporários foi encerrado ontem (11) e os aprovados são: Dionatan Menezes da Silva (Química); Amanda de Castro Silva (Física); Lidiane Andrade Lemos (Português); Daniele Santana ferreira (Português); Cleiton Dion Pereira Gonçalves (Geografia); e Maria do Socorro Pinho Nogueira (História/Sociologia). Segundo informações da IEE Carmela Dutra, participaram da comissão desse processo seletivo dois representantes da Instituição: Vera Lúcia Lima (presidente) e Sandro Pereira (vice-presidente); representantes  do Conselho Escolar: Sebastião Araújo e Antonildo Oliveira; representantes dos professores: Silvia Souza e Álvaro Magalhães; e os representantes dos pais de alunos: Paola Costa e Vitória Cunha.



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