A ação foi realizada com a parceria de diversas entidades da cidade de Cacoal
Uma ação de trânsito realizada na manhã de segunda-feira (25), marcou o encerramento da Semana Nacional de Trânsito em Cacoal. Além de órgãos de segurança, alguns surdos também participaram do pit stop, em alusão ao Dia Nacional do Surdo, lembrado no dia 26 de setembro. Na ocasião os motoristas, motociclistas e pedestres foram lembrados de utilizarem os dispositivos de segurança e os surdos pediram mais respeito no trânsito. Jadilson Serafim, era um dos que estavam no centro da cidade pedindo mais respeito no trânsito. Apesar de ser deficiente auditivo, o presidente da Associação de Pais e Amigos Surdos de Cacoal (Apasa) conta que já é habilitado há 10 anos e desde então pilota motocicleta e dirige carro.
“Para nós surdos o principal é ter a cidade sinalizada, pois ouvimos pelos olhos, então se não tem essa sinalização, e as que têm as pessoas não respeitam, fica muito difícil para trafegarmos”, reclamou Jadilson.
Parceria
A ação estava sendo acompanhada pela Guarda-Mirin, Bombeiros Civis, Hospital dos Acidentados, Apasa e Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Semttran). As pessoas que paravam no sinal, recebiam panfletos informativos sobre limite de velocidade permitida, obrigatoriedade do uso de equipamentos de segurança e importância de parar nos cruzamentos e respeitar a sinalização de trânsito.
De acordo com a educadora de trânsito da Semttran Lucen Baine, a maior causa de acidentes de trânsito em Cacoal, é pelo fato dos condutores não respeitarem os cruzamentos e a velocidade alta.
“Nossa velocidade é 40 quilômetros por hora e as pessoas acham que podem avançar nos cruzamentos e semáforo a 80 quilômetros, e aí acontecem os acidentes. Falta um pouco mais de paciência, respeito na faixa, ao sinal, enfim, se todos tivessem esse cuidado, muitos acidentes seriam evitados”, disse Lucen.
A intenção em levar o surdo para a ação de trânsito, segundo Lucen, é mostrar que eles têm os mesmos direitos de um ouvinte, quando estão no trânsito.
“Eles têm direito a habilitação e querem dizer à sociedade que querem ser respeitados, para que fiquem atentos, pois existem pessoas que gritam com eles, e nem adianta isso. Ainda falta esse respeito. Aqui na cidade nós já tivemos um surdo que foi vítima fatal em um acidente de trânsito, e ele estava certo”, contou.
Capacetes amontados representaram vítimas fatais
Enceramento em Ji-Paraná teve ato conscientizador
A semana Nacional de Trânsito foi encerrada, em Ji-Paraná, com várias atividades realizadas pela equipe da Divisão de Educação de Trânsito (Diveduc), do Departamento Estadual de Educação de Trânsito (Detran RO), entre as quais, caminhada pela Paz no Trânsito, simulação de atropelamento fora da faixa de pedestre, e ainda, destruição e aterro de capacetes com data de validade vencidas na Lixeira Controlada da cidade. Informou a coordenadora do órgão local, Ivete Alves.
As atividades alusivas à Semana Nacional do Trânsito teve início no dia primeiro de setembro, com a realização de palestras na rede municipal, estadual e particular de ensino, bem como em várias empresas da cidade. Além das palestras, também foram realizadas várias blitze educativas com objetivo de intensificar junto aos condutores de motos e automóveis a conscientização da necessidade de se ter um trânsito mais humanizado, consequentemente, com menos acidentes, e principalmente, redução do número de vítimas fatais.
Marta Luna, uma das coordenadoras da Divedut de Ji-Paraná, lembrou que este ano o foco das atividades foi direcionado à pessoa idosa com as palestras abordando a necessidade do respeito aos idosos e suas limitações. No caso do trânsito, o respeito na questão das vagas de estacionamento, bem como observação no trânsito de cadeirantes nas vias mais movimentadas da cidade. “É preciso intensificar esse respeito, não ocupando a vaga de um deficiente e/ou idoso. Observando a passagem de um cadeirante. Precisamos ser mais educados, respeitosos” declarou.
Simulação
Nesta segunda-feira, a Semana de Trânsito foi encerrada com duas atividades, sendo a primeira delas uma simulação de um acidente (atropelamento) fora da faixa de pedestres tendo como vítima uma idosa. O local escolhido foi avenida Brasil, considerada a mais movimentada do segundo distrito e atraiu dezenas de curiosos. A estudante Júlia de Souza que chegou minutos depois do ato chegou acreditar que se tratava de um acidente real. “Fiquei preocupada com a senhora”, disse.
Caminhada
Logo após a simulação, foi realizada a Caminhada da Paz com a participação das pessoas inseridas nas atividades do Centro de Convivência do Idoso (CCI), da fanfarra da escola estadual Aluízio Ferreira e dos alunos da escola Júlio Guerra Tiradentes. A caminhada iniciou na rua T-1 até a T-5 sede do centro de convivência. Logo na sequência, vários brindes disponibilizados pelas empresas parcerias foram sorteados entre os participantes. As atividades foram encerradas com a equipe de Educação de Trânsito indo até a Lixeira Controlada onde aconteceu a destruição de 80 capacetes de segurança, com data de validade vencida, e posteriormente sendo enterrados. Os capacetes foram recolhidos de motociclistas que receberam outro novo durante as atividades do Maio Amarelo e da Semana Nacional do Trânsito.
