Porto Velho/RO, 25 Março 2024 23:20:07
Diário da Amazônia

Servidores cobram inauguração da Unisp

Motivação veio após a DP de R. de Moura funcionar vários dias com energia em meia fase.

Por Fernando Pereira Diário da Amazônia
A- A+

Publicado: 06/01/2017 às 05h10min

Atrasos na entrega de mobiliário teria atrasado a entrega da Unisp, que já está pronta

A 1ª Delegacia de Polícia Civil (DP) da cidade de Rolim de Moura, que fica localizada na rua Jamari, bairro São Cristovão, ficou do último sábado (31) à tarde até terça-feira (03), funcionando somente uma fase da energia elétrica, o que obrigou os servidores tanto do horário corrido quanto os plantonistas a trabalharem no calor.

O problema que causou a queda na fase de 220 volts da energia elétrica não foi identificado ainda, mas voltou a funcionar, segundo um dos servidores, que não quis ter o nome divulgado.

“Foi instalado um ar-condicionado novo por esses dias, e achamos que pode ter havido uma sobrecarga na captação de energia. Nós chamamos técnicos para identificar o problema, mas eles não conseguiram, pois a caixa onde ficam essas distribuições ficam debaixo de uma das construções feitas aqui no prédio. Depois de eles mexerem bastante, a fase 220 voltou a funcionar, mas estamos temerosos, pois ela poderá cair a qualquer momento”, disse o servidor.

Durante os dias em que ficaram sem o funcionamento da fase que possibilita o uso dos aparelhos de ar-condicionado, os servidores precisaram levar, de casa, seus ventiladores.

A 1ª delegacia de Rolim de Moura registra, por dia, uma média de 30 e 40 ocorrências. Como a demanda é bastante grande, os servidores clamam por melhorias ou que o governo do Estado inaugure com urgência a Unidade de Polícias Integradas (Unisp), que foi construída na cidade há mais de um ano.

“Hoje nós temos uma demanda grande e estamos trabalhando de forma limitada. Nós temos sete setores funcionando dentro da DP, e para nos atender, só temos uma impressora que vez por outra apresenta problemas no seu funcionamento. Quando vamos imprimir cópias de ocorrências para os cidadãos, elas saem quase apagadas. Nós não temos um bebedouro de água. Se nós ou os cidadãos quisermos tomar água, precisamos comprar do próprio bolso”, reclamou outro servidor que não quis se identificar ao Diário.

Levantamento e justificativa da secretaria de justiça

De acordo com levantamentos que o Diário fez na Delegacia, a limitação de contingente dificulta as investigações, e em função disso já são mais de 1,4 mil inquéritos policiais que estão paralisados. “São crimes que ainda não fora elucidados. Quando um crime não é elucidado, demonstra a ineficiência do Estado em atender o cidadão que paga seus impostos para ter esse serviço quando ele for necessário. Além do mais, quando não se tem um crime investigado, a impunidade impera, o que aumenta a dor e a frustração das vítimas que esperam ver a justiça sendo feita”, lamentou outro servidor.

Entramos em contato com a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), que disse que a inauguração de boa parte das Unidades Integradas de Segurança Pública (Unisp) ainda não aconteceram devido a um atraso por parte das empresas responsáveis por fabricar o mobiliário.

A Sesdec informou que já recebeu 70% das mobílias, que deveriam ter sido entregues até o mês de novembro de 2016, e que está passando pelo processo de conferência para que possam ser instaladas em pelo menos oito Unisp, sendo cinco de pequeno porte, o que inclui a de Rolim de Moura, e em mais três de grande porte.

A Sesdec informou ainda que até o final do mês de fevereiro deste ano a Unisp de Rolim de Moura já deverá ter sido inaugurada.



Deixe o seu comentário