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Diário da Amazônia

Servidores contaminados por DDT têm que pegar laudo toxicológico

Os servidores que realizaram a última remessa de exame toxicológico para DDT, os chamados mata mosquitos, estão sendo convocados pelo..

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 13/11/2019 às 09h06min

Os servidores que realizaram a última remessa de exame toxicológico para DDT, os chamados mata mosquitos, estão sendo convocados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Rondônia (Sindsef/RO) para que busquem o laudo original do nexame na secretaria jurídica da entidade, em Porto Velho.

Nos meses de agosto e setembro deste ano, o sindicato realizou uma última chamada aos servidores da extinta Sucam (Superintendência de Campanhas de Saúde Pública), filiados da entidade, para que ingressarem com ação judicial do DDT, visto que o toxicologista que cuida do caso se prontificou em atender mais uma remessa da análise toxicológica.

Como o requisito básico para ingresso da ação era a realização do teste para DDT, foi aberto prazo que os interessados procurassem as coordenações municipais do Sindsef/RO ou a sede administrativa em Porto Velho. O prazo encerrou no dia 13 de setembro.

O DDT foi descoberto e inicialmente utilizado durante a II Guerra Mundial para controlar a praga de piolhos nos soldados. Após o fim da guerra, com a alta letalidade do produto sobre os insetos, o DDT passou a ser utilizado no controle de pragas agrícolas e de interesse em saúde pública, como a malária.

Países no mundo inteiro compraram o DDT que era fabricado nos EUA, porém, com pouco mais de 10 anos de uso, os americanos descobriram que este inseticida era letal na natureza e no próprio ser humano. A partir do início da década de 60 o uso do DDT foi proibido lá, no entanto, outros países, como o Brasil, continuaram a comprar o inseticida. No Brasil foi proibido para uso agrícola em 1982, mas continuou sendo usado na área da saúde até 1990.

Porém, informações dão conta de que ainda continuou sendo utilizado por pelo menos mais cinco anos pela antiga Sucam. Hoje a situação da maioria destes agentes — cerca de 60% dos servidores da Região Norte — é desesperadora.



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