Cerca de 500 servidores da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) entraram em greve na última segunda-feira (2), com isso emissão de Guias de Transporte de Animais (GTA) foi paralisada em todo o Estado, o GTA é o documento necessário para que o gado seja vendido ao frigorífico.
De acordo com informações do Sindicato dos Servidores da Idaron (Sindsid), há 10 meses os servidores aguardam uma reunião com o governo, em específico com a Mesa Estadual de Negociação Permanente (Menp), mas não obtiveram sucesso em conseguir atendimento.
Após a greve deflagrada, uma Audiência de Conciliação foi marcada para a manhã desta quarta-feira (5) entre os representantes do Sindicato dos servidores da Idaron (Sindsid) e do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO).
O presidente do Sindsid, Rafael Evangelista, declarou durante Audiência no TJ “Nos ajude presidente, pelo menos aumente nosso auxílio alimentação”. O Governo fez a proposta de estender o auxílio alimentação aos servidores cedidos, removidos e portariados ao Idaron, desde que possível fazê-lo por Portaria da presidência, ou se necessário, verificado via projeto de lei.
As revindicações da greve giram em torno da correção no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da pontuação dos servidores administrativos e técnicos e a alteração nas tabelas de progressão dos servidores com Ensino Superior. De acordo com o Sindicato, esses pontos devem gerar apenas 0,1% de impacto no orçamento do Estado.
O Sindsid destaca ainda que Rondônia é mantida, basicamente, por atividades ligadas ao agronegócio e por isso depende dos órgãos reguladores e fiscalizadores, com a Idaron, para ter status favorável frente às nações estrangeiras, principais compradoras da carne rondoniense. Os grevistas dizem que há 6 anos tentam negociar algumas mudanças, mas ainda não obtiveram sucesso e se sentem ofendidos com a falta de diálogo.
Em entrevista ao G1 o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Rondônia, Adélio Barofaldi, informou que em todo o Estado, são abatidas 10 mil cabeças de gado por dia, com preço médio de R$ 2 mil. Com a greve, o prejuízo gira em torno de R$ 2 milhões por dia, somente no setor de abate.