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Diário da Amazônia

Sindicato faz coleta de assinaturas

Uma das principais reivindicação é o reconhecimento ao direito à indenização.

Por Assessoria
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Publicado: 26/10/2017 às 06h50min

Campanha para o recolhimento de assinaturas foi lançada na última terça-feira

O Sindicato dos Soldados da Borracha e Seringueiros de Rondônia – Sindsbor, lançou na última terça-feira, 24, mais uma campanha para coleta de assinaturas em defesa da categoria. O abaixo-assinado tem o objetivo de levar as reivindicações da categoria ao Congresso Nacional.

Uma das principais reivindicações é a questão do reconhecimento econômico dos soldados da borracha (Indenização). A categoria alega que a compensação de R$ 25 mil, paga pelo governo Dilma aos soldados da borracha, não repara nem os esforços feitos à nação por aqueles que trabalharam no esforço de guerra, na década de 1940.

“Tal quantia, além de irrisória, foi injusta, pois, no nosso entendimento, não deixa de ser uma humilhação aos soldados da borracha”, lamenta o vice-presidente do sindicato George Telles.

O presidente da entidade, José Romão, de 95 anos, lembrou que o governo de Getúlio Vargas, na época da Segunda Guerra Mundial, foram enviados para a Amazônia cerca de 60 mil trabalhadores nordestinos para extrair borracha nos seringais da região.

“Nossa missão era extrair borracha para a guerra e para suprir os países aliados. Tudo o que o governo prometeu — fartura, vida nova e enriquecimento—, não passou de propaganda enganosa. Da minha turma que veio para as calhas do rio Amazonas, muitos morreram de doenças e acidentes nos primeiros três meses. Dos quarenta e oitos homens que somavam a turma, sobrou eu e mais dezessete. Os que morreram, morreram fácil, como moscas”, frisou.

Ele também lembrou que muitos soldados da borracha que foram enviados para os seringais, quando não encontravam a morte e se deparavam com a escravidão.

Desde 2010 o Sindsbor luta na Justiça com um pedido de indenização, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STF), em Brasília. A ação tem o propósito de reaver direitos e expõe ainda os danos sofridos pelos trabalhadores, no caso, as violações dos direitos humanos e as condições de trabalho em que os soldados da borracha foram colocados, na época, um sistema de produção análogo à escravidão.



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