Um novo boletim sobre as vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho foi divulgado por volta das 10h30 desta segunda-feira, 28. De acordo com o levantamento, o número de mortos subiu para 60, dos quais 19 foram identificados.
O balanço informa ainda que há 292 pessoas desaparecidas e 382 pessoas foram localizadas. Até o momento, 192 pessoas foram resgatadas.
Os dados são da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das polícias militar e civil.
A barragem da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, se rompeu na tarde de sexta-feira, 25, deixando mortos, feridos e desaparecidos.
A onda de rejeitos de minério de ferro atingiu a área administrativa da empresa e a comunidade da Vila Ferteco. O rompimento ocorreu na Barragem 1, que foi construída em 1976 e tem volume de 12,7 milhões de m³. Segundo a Vale, a barragem tinha encerrado as atividades há cerca de três anos, pois o beneficiamento do minério na unidade é feito à seco.
No dia do desastre, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse que os funcionários seriam os mais afetados. Ele informou que cerca de 300 funcionários estavam no prédio administrativo e no restaurante da empresa, mas que 100 já tinham feito contato.
A primeira vítima identificada foi a médica do trabalho Marcelle Porto Cangussu, de 35 anos. Ela trabalhava na Vale desde 2015.
Ainda não se sabe o que causou o rompimento da barreira. Uma vistoria realizada em dezembro não apontou problemas em sua estrutura e a barragem era considerada de “risco baixo”.
Um grupo formado por 136 militares israelenses vai auxiliar nas buscas por vítimas do desastre. Especializada em resgate durante catástrofes com uso de sonares a equipe vai trazer material eletrônico e de escavação. Cães farejadores também acompanham o grupo.