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Diário da Amazônia

Soluções simples reduzem acidentes no trânsito

Ficou comprovado, por meio de estudos, que soluções pontuais são mais eficazes que a implantação dos semáforos

Por Redação e AI Diário da Amazônia
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Publicado: 31/05/2018 às 07h00min

A implantação de semáforos em locais onde ocorrem muitos acidentes de trânsito não resolve o problema. A afirmação é do coordenador do Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito de Rondônia (Renast), do Detran Rondônia, João Almeida de Barros Lima Neto. Para ele, soluções mais simples e a custos baixos são mais eficazes, a exemplo da construção de canteiros de fluxo contínuo, fechamento da interseções, retornos com estrangulamentos da via e sinalizações horizontais e verticais das vias. “São comprovados com estudos e dados estatísticos que a região no entorno onde existem semáforos o número de acidentes de trânsito aumentam”, afirmou.

Segundo João Almeida, em um passado não muito distante era comum buscar como solução em polos geradores de acidentes a implantação de semáforos, sem buscar outras alternativas para reduzir os índices no local. “Estudos comprovam que alternativas econômicas são mais eficientes que a implantação semafórica”, ressaltou. Porto Velho passou por uma situação atípica a partir de 2010. Com a construção das usinas hidrelétricas no rio Madeira, a cidade recebeu um grande número de pessoas e de carros, que refletiu em todos os setores e, principalmente, no trânsito. Em 2013, por meio de convênio com o município de Porto Velho, o Detran investiu R$ 4 milhões na aquisição de 16 semáforos inteligentes.

Posteriormente ficou comprovado, por meio de estudos, que soluções pontuais são mais eficazes que a implantação dos semáforos, sem mencionar no custo benefício. João Neto cita como exemplo a Avenida José Viera Caúla, no trecho entre as Avenidas Rio Madeira e Guaporé, local onde eram registrados muitos acidentes de trânsito, e o problema foi solucionado com uma obra de fluxo contínuo, sem retorno, que zerou os acidentes no local.

O referido trecho tem 16 cruzamentos e antes da obra os motoristas podiam fazer retorno em todos eles. Com a construção do canteiro central, o motorista tem que percorrer 1.400 metros para fazer o retorno com segurança. “Com essa medida, o índice de acidentes caiu para zero e o custo da obra para construir o canteiro de fluxo contínuo é mínimo, se comparado ao valor de um semáforo”, afirmou o coordenador. Ele explica, ainda, que o número de acidentes aumentam na região que têm semáforos porque os condutores buscam vias alternativas para fugir deles, o que acaba aumentando o o fluxo de veículos em vias sem sinalização, que são mais propícias aos incidentes.

João Neto ressalta a importância dos municípios e dos órgãos ligados ao setor, como o Departamento Nacional de Transporte Terrestre (Dnit) e instituições policiais, trabalharem juntos com o Detran com o intuito que buscar soluções para segurança viária baseado em dados científicos dentro da realidade de cada região.



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