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Diário da Amazônia

Taxa de desemprego cai para 11,6% no último trimestre de 2018

No último trimestre de 2018, a taxa de desemprego brasileira cedeu para 11,6%. A média do ano, de 12,3%, também ficou menor do que a de..

Por Extra Online
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Publicado: 31/01/2019 às 09h11min

Foto: Roberto Moreyra

No último trimestre de 2018, a taxa de desemprego brasileira cedeu para 11,6%. A média do ano, de 12,3%, também ficou menor do que a de 2017 (12,7%), quando foi recorde. Os dados são da Pesquisa Pnad Contínua do IBGE, iniciada em 2012. No terceiro trimestre de 2018, havia ficado em 11,9%.

O grupo de desempregados também encolheu, 2,4%, na passagem de trimestre, para 12,2 milhões nos últimos três meses do ano. Na média do ano de 2018, os dados do IBGE mostram que grupo também diminuiu, de 13,2 milhões, em 2017, para 12,8 milhões.

A população empregada atingiu 93 milhões no último trimestre do ano, alta de 0,4% em relação aos três meses anteriores. O ano de 2018 teve alta de 1,3% na média deste contingente em relação a 2017, passando de 90,6 milhões para 91,9 milhões.

População subutilizada

A população subutilizada ficou em 27 milhões e apresentou estabilidade em relação ao terceiro trimestre do ano. Na média anual, no entanto, houve alta de 3,4% em relação a 2017, com 27,4 milhões de trabalhadores nessas condições em 2018. Esse grupo é composto pelos desempregados, os subocupados (que trabalham menos de 40 horas semanais) e a força de trabalho potencial (pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar).

Já os que desistiram de procurar trabalho, os desalentados, seguem estáveis na comparação com o trimestre anterior: 4,7 milhões de pessoas. Já na média do ano de 2018, também ficaram em 4,7 milhões, alta de 13,4% em relação a 2017. A menor estimativa para esse grupo foi em 2014, quando incluía 1,5 milhão de pessoas. Dessa forma, em quatro anos, esse grupo aumentou em 3,2 milhões de pessoas.

Aumento da informalidade

O número de empregados com carteira de trabalho, no setor privado, foi de 33 milhões de pessoas em dezembro, estabilidade em relação ao trimestre anterior. Nas médias anuais, de 2014, primeiro ano da crise, para 2018, 10% ou menos 3,6 milhões de pessoas estavam nesse grupo. Já o número de empregados sem carteira, informais no setor privado, foi estimado em 11,5 milhões no último trimestre do ano, alta de 3,8% em relação aos três meses anteriores. Na média anual, entre 2014 e 2018, houve alta de 7,8% desse grupo ou mais 811 mil pessoas trabalhando sem direitos trabalhistas.

O número de trabalhadores por conta própria teve alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior, em dezembro, para 23,8 milhões de pessoas. Em 2018, na média do ano, 23,3 milhões de pessoas eram autônomas.

O rendimento médio real habitual, estimado em R$ 2.254 no último trimestre de 2018, ficou estável em relação ao anterior. Na média do ano, ficou em R$ 2.243, também estável em relação a 2017.

Em 2016, o desemprego médio do ano já havia passado para 11,5% da força de trabalho, ante os 8,5% registrados em 2015. O resultado de 2018 veio em linha com a previsão dos analistas, que estimavam uma taxa na casa dos 12%, ou seja, ainda em dois dígitos. A Pnad considera tanto empregos com carteira assinada quanto os sem carteira. Não há previsões de desemprego na casa de um dígito em curto curto e médio prazo.



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