Na primeira noite de trabalho do taxista Ulian Franco de Arruda, de 29 anos de idade, por volta das 22h, ele recebeu quatro tiros enquanto estava sentado em um banco, no ponto onde estava trabalhando, localizado na avenida Sabino Bezerra de Queiróz, em frente ao Hospital Regional, conversando com outros colegas de profissão. De acordo com relatos das testemunhas, o autor dos disparos chegou ao local do crime com a arma em punho, na garupa de uma motocicleta, e sem dizer uma palavra começou a atirar contra a vítima. Dois dos disparos lhe atingiram o tórax e outros dois a cabeça. O atirador acertou apenas Ulian, e para isso usou uma pistola modelo 765.
A vítima foi levada para o hospital e a todo momento gritava repetidas vezes a frase “foi o Flávio que me matou”. Apesar da violência dos ataques, Ulian não corre risco de morrer. Enfermeiros do Hospital Regional confirmaram à equipe de reportagem do Diário da Amazônia que os tiros acertaram a vítima de raspão. Ele quebrou alguns dentes tentando escapar do ataque, foi quando caiu com a boca contra o banco onde estava.
A vítima deu o nome e o endereço do suspeito do crime à polícia. Trata-se de um construtor, de 20 anos. Segundo as informações que os investigadores da Polícia Civil têm até o momento, ambos tiveram um desentendimento por causa de uma motocicleta que Ulian comprou do construtor.
No momento em que ele fora transferir a moto para seu nome, descobriu que havia dezenas de multas que juntas somariam um valor superior ao preço pago pelo veículo. Ulian teria tentado devolvê-la, mas o construtor não aceitou. O imbróglio entre ambos vem se arrastando há cerca de 45 dias, e semanas atrás, quando Ulian fora tentar pegar o dinheiro pago pela motocicleta com o acusado pelo crime, tiveram uma acalorada discussão.
Os policiais levaram o suspeito à delegacia e, em depoimento, disse que não tem nada haver com os disparos, e que não passou pelo local do crime. A polícia já tem imagens do circuito interno de TV de uma loja que fica nas redondezas do local do crime. Elas poderão ajudar na elucidação do crime. (RÔMULO AZEVEDO)