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Diário da Amazônia

Testes de DNA são feitos para checar se médico é pai de 200

Um tribunal da Holanda ordenou que 22 pessoas tenham o DNA testado para verificarem se são filhos secretos de um médico de uma clínica..

Por Extra Online
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Publicado: 15/02/2019 às 09h42min | Atualizado 15/02/2019 às 12h05min

Foto: BAS CZERWINSKI / ANP/AFP

Um tribunal da Holanda ordenou que 22 pessoas tenham o DNA testado para verificarem se são filhos secretos de um médico de uma clínica de fertilidade. A suspeita é de que o profissional tenha usado em tratamentos seus próprios espermatozóides — no lugar do material de doadores — e gerado assim 200 crianças.

Segundo o diário britânico The Guardian, o médico Jan Karbaat morreu em abril de 2017, aos 89 anos. Ele sempre negou as acusações e se recusou a participar de quaisquer testes pedidos pelos supostos filhos. O tribunal considerou, porém, que as evidências são suficientes para embasar a suspeita e, por isso, devem ser realizados exames de paternidade para confirmá-la ou não.

— Toda criança tem direito de saber de onde vem — destacou na audiência judicial Merel-Lotte Heij, uma das pessoas geradas em tratamento da clínica em Barendrecht, ao sul de Rotterdam.

Onze pais também foram à Justiça demandar os testes, em 2017, um mês antes de o suspeito morrer. Todos os 22 foram gerados em tratamentos no qual Karbaat participou. A família dele lutou para evitar a aprovação dos testes, sob argumento de privacidade do defunto e de respeito à família.

O DNA do morto será retirado de 27 de objetos pessoais seus, incluindo uma escova de dentes, estava guardado em local seguro, por decisão judicial anterior, segundo o jornal britânico. Desta vez, o tribunal considerou que a necessidade de checar as denúncias se sobrepõe aos direitos da família de Karbaat.

Há indícios de elos de DNA entre um filho registrado do médico e as demais crianças. Apenas filhos nascidos após 2004, quando a lei mudou, podem querer identificar o pai biológico doador de espermatozóides. Mas o juiz disse que o caso era especial.

Segundo o The Guardian, a lei da Holanda limita em 25 o número de crianças geradas por cada doador. A clínica foi fechada em 2009, cercada de irregularidades administrativas.

 



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