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Diário da Amazônia

Triagem de lixo poderá ser suspensa, informa Coocamarji

A Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Ji-Paraná (Coocamarji) poderá suspender, em definitivo, o trabalho de triagem dos..

Por J. Nogueira Diário da Amazônia
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Publicado: 02/03/2017 às 05h45min

A Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Ji-Paraná (Coocamarji) poderá suspender, em definitivo, o trabalho de triagem dos mais de 80 mil quilos de lixo depositados diariamente pela empresa responsável pela coleta na cidade e nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina. O motivo é o trabalho de retirada do rejeito de responsabilidade da prefeitura ou da referida empresa que está sendo feito pelos catadores. A informação foi feita ontem pelo presidente da entidade, Celso Luiz.

De acordo com o presidente Celso Luiz, diariamente são depositados no Centro de Triagem da Coocamarji aproximadamente 80 mil quilos de lixos, retirados da área urbana da cidade e dos dois distritos. Depois de ser feita a separação do lixo reciclável, o restante que é chamado de rejeito deve ser depositado nas áreas conhecidas celular para ser aterrado. Para este serviço, ainda de acordo com o presidente, a Lei Federal 12.305 seria bem clara quanto a responsabilidade do aterramento pela prefeitura ou a empresa responsável pela coleta.

 

Reclamação

Celso Luiz reclama que em decorrência desse trabalho que não seria de obrigação da Coocamarji (conforme a Lei) os catadores estão registrando despesa mensal, em média de R$ 10 mil. “Esse dinheiro deveria ser usado na melhoria do rendimento dos nossos cooperados, mais isso infelizmente, não está acontecendo por um trabalho que não é nosso”, declarou Celso. Ele ainda lamentou que em virtude desse fato, a renda dos catadores não passa de R$ 800/mês.

Ainda ontem (01), pela manhã, em uma solenidade o presidente da Coocamarji disse ter tido um encontro com o prefeito Jesualdo Pires e o secretário de Meio Ambiente (Semeia), Reinaldo Pereira, e exposto a situação. Segundo ele, o chefe do Poder Executivo teria passado orientação ao secretário no sentido de acompanhar o caso com objetivo de encontrar uma forma de criar uma parceria com a referida instituição.

Por telefone, o secretário titular da Semeia, confirmou e disse que nos próximos dias o assunto deverá ser pauta de uma reunião envolvendo representantes da Coocamarji, Argeji e técnicos da Secretaria. “Somente após esta reunião é que poderemos saber, com mais clareza o que realmente pode ser feito”, concluiu.



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