A Associação Assistencial São Daniel Comboni (Assdaco), responsável pela manutenção do hospital São Daniel Comboni decidiu firmar comodato com o Governo do Estado de Rondônia. O presidente da entidade mantenedora, Claudemir Borghi esclareceu o fato durante coletiva realizada na quinta-feira.
“Em assembleia realizada no dia 4, optamos por propor ao Estado, a título de comodato, a utilização das alas do hospital para instalação de um Pronto-Socorro Regional”, explicou.
O presidente enfatizou que a diretoria da Assdaco verificou todas as formas para uso do imóvel que foi construído com a ajuda de populares, entidades não-governamentais, eventos beneficentes e empresas, se transformando no maior o maior da região, com área construída de 15 mil metros quadrados.
Claudemir explicou que pelo fato do hospital ter uma estrutura muito grande e os gastos de manutenção serem altos, a possibilidade de o município gerir e administrar seria menor. “Só para se ter uma ideia, antes da instalação do Hospital Unidade Mista aqui a nossa conta de energia era de cerca de R$ 2 mil por mês. Hoje a conta chegou a R$ 21 mil. Quando tudo estiver funcionando – previsão de março de 2015 – pode chegar até a R$ 40 mil”, expôs reforçando que o Estado terá mais condições de administrar e dar continuidade a um atendimento de pronto-socorro com excelência.
Mudança no atendimento
No dia 27 de setembro o prefeito de Cacoal Francesco Vialetto (PT) transferiu o atendimento do pronto-socorro Unidade Mista – notificado pelos órgãos fiscalizadores para interdição devido a falta de condições – e este prazo venceria no dia 6, quando a Justiça determinou que o município desocupasse as alas utilizadas do Centro de Oncologia HSDC. A partir de agora, os atendimentos podem continuar até o final deste ano no formato de gestão compartilhada entre município e Estado, permanecendo a decisão judicial que a partir de março de 2015 o Estado passa a administrar definitivamente a unidade.
A presidente do Conselho Municipal de Saúde, enfermeira Edna Mota, explicou que o município passa por um período com muitas dificuldades e em sua opinião falta gestão. “Os recursos repassados ao Fundo Municipal de Saúde ultrapassam R$ 190 mil por mês, para execução das ações a serem realizadas pela secretaria”, enfatizou. Edna contou que desde o último dia 27 – após relatórios do Ministério Público e apontamentos feitos pela decisão judicial – Cacoal, no que concerne ao serviço hospitalar de urgência, passa por um período nomeado como força-tarefa técnica, coordenado pelo Estado.
Conforme o termo de audiência emitido pela juíza Emy Karla Yamamoto Roque no último dia 20, os trabalhos realizados pela força-tarefa deverão ser concluídos em 20 dias. Ficando para a administração municipal aceitar as recomendações e orientações de gestão a ser realizada pelo Estado, como por exemplo, contribuição com medicamentos, insumos médico-hospitalares, médicos, e gestão para aquisição e controle de estoque de materiais. Caso quaisquer descumpram os ítens acordados, ficou estipulado o valor de R$ 2 mil por dia ao Município e R$ 5 mil ao Estado.