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Diário da Amazônia

Vacina contra a febre aftosa em debate

A proposta é reiterada da vacina de maneira gradativa para 2019, nos estados que margeiam o oceano atlântico e região central.

Por José Luiz Alves Diário da Amazônia
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Publicado: 12/02/2017 às 05h45min

A classe produtora rural investe aproximadamente R$ 800 milhões por ano no processo de vacinação do rebanho

Representantes do setor produtivo reunidos em Campo Grande no Mato Grosso do Sul, discutiram e acordaram a proposta de retirada definitiva da obrigatoriedade da vacinação contra a febre aftosa que ataca os bovinos e bubalinos a ser exposta em abril de 2017, na reunião do Conselho Nacional de Combate e Erradicação da Febre Aftosa, apresentada por todos os Estados brasileiros. A informação é do presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon), Hélio Dias.

Participaram do evento na capital do estado de Mato Grosso do Sul, Hélio Dias e Anselmo de Jesus, presidente da Agência Idaron, representando Rondônia, as federações de agricultura e pecuária de Mato Grosso, Paraná e São Paulo, membro da comissão da pecuária de corte da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) e do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC). Também se fizeram presentes representantes da agricultura e pecuária da Bolívia e do Paraguai.

A proposta segundo Hélio Dias é retirada da vacina de maneira gradativa para 2019, nos Estados que margeiam o Oceano Atlântico e região central do Brasil, já em 2020 para os Estados Amazônicos assim como, Sudeste e Sul, Bolívia, Paraguai e nações Andinas.

Argumentos não faltam para a retirada da vacina

Na atualidade a classe produtora rural investe aproximadamente R$ 800 milhões por ano no processo de vacinação do rebanho nacional, onde a maioria dos Estados está há mais de 10 anos sem qualquer identificação de foco desta enfermidade. Assevera Hélio Dias, “ isso nos faz acreditar que a doença se encontra controlada e não existe mais o vírus da febre aftosa circulando no território brasileiro”.

Outro argumento que tem sido levantado trata-se dos sérios prejuízos causados a pecuária rondoniense e nacional, é a deficiência de acesso aos novos mercados consumidores internacionais que remuneram melhor a carne bovina, mas que em razão da existência do processo de vacinação do rebanho destinado ao abate deixam de adquirir o produto. Identificado nos processos de abate nos frigoríficos, a existência de vacina mal aplicada lesionando os animais com perda de 2 a 4 quilos por carcaça.

Hélio Dias, diz que todos os presidentes de federações entendem que a retirada da vacina é uma realidade na pecuária brasileira. Porém, o primeiro passo é fortalecer estruturando os órgãos de defesa sanitária dos Estados, com apoio do Ministério da Agricultura e das entidades representativas do agronegócio.

 



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