As vendas para o Dia das Mães devem registrar a maior alta em cinco anos. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A entidade divulgou um levantamento completo das vagas para essa data, que é considerada a segunda melhor data para vendas no Brasil, depois somente do Natal. Muitos também chamam o Dia das Mães de “o Natal do primeiro semestre”.
Com isso, o comércio ganhou novo ânimo, depois de uma forte retração. E os empreendedores estão otimistas.
Segundo estimativa da CNC, o volume de vendas para o próximo Dia das Mães, 13 de maio, deve registrar aumento real de 4,3% em relação à data de 2017.
Confirmada a previsão, o varejo apresentará alta de +6,1%, a maior desde 2013. Apesar de positiva, essa expectativa não será suficiente para repor as perdas acumuladas com a data em 2015 e 2016 (-9,4%), mesmo levando-se em consideração o pequeno incremento verificado no ano passado (+2,6%). No varejo, o Dia das Mães é considerado o “Natal do primeiro semestre”, movimentando aproximadamente R$ 9,4 bilhões em vendas.
Vestuário e calçados lideram faturamento
Deverão se destacar na data de 2018 as altas nos ramos de artigos de uso pessoal e doméstico (+12,7%) e de hiper e supermercados (+7,9%). Por outro lado, as vendas do setor de produtos de informática e comunicação deverão contabilizar perda média de 2,0% ante o mesmo período do ano passado. Com movimentação financeira de R$ 3,6 bilhões, o segmento de vestuário e calçados costuma responder por quase 40% do faturamento total, mas deverá auferir avanço de 4,8% ante o Dia das Mães de 2017.
Com o cenário mais otimista em relação ao aumento do faturamento dos varejistas, cresce também a expectativa por novas contratações. Segundo a CNC, o Dia das Mães este ano deve gerar 21.100 vagas temporárias no comércio.
No ano passado, foram 20.400 vagas. O salário médio de admissão deve ficar em torno de R$1.220, 3,0% acima do valor médio pago na mesma data comemorativa de 2017.
Com isso, a expectativa é de que também se eleve a taxa de efetivação de temporários após o Dia das Mães, para 6,7%. Historicamente, 5,5% das contratações temporárias viram empregos efetivos após a segunda data comemorativa mais importante do varejo nacional. Só que nos últimos três anos, esse percentual não chegou nem a 2%.