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Diário da Amazônia

Vem aí o Orca, o submarino-drone da Marinha dos EUA

Orca terá um veículo central responsável por orientação e controle, navegação, autonomia, consciência situacional, comunicações centrais.

Por Revista Planeta
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Publicado: 29/07/2019 às 09h47min

Se os drones aéreos podem executar tarefas de vigilância e ataque a custos bem menores e sem causar perdas humanas a seus proprietários, construir equivalentes submarinos com finalidades bélicas seria apenas questão de tempo. Os primeiros exemplares da nova guerra nas profundezas do mar deverão surgir até junho de 2022, quando a Boeing deverá entregar à Marinha dos Estados Unidos quatro submarinos não tripulados Orca (XLUUVs, abreviatura de Extra-Large Unmanned Underwater Vehicles) e elementos de apoio associados a eles.

O projeto, pelo qual a Marinha dos EUA está pagando US$ 43,2 milhões pela fase de fabricação, teste e entrega, foi desenvolvido pela Boeing a partir de seu veículo submarino não tripulado Echo Voyager, de 15 metros de comprimento e 50 toneladas de peso. Para comparar, observa o jornalista Drew Turney na revista “Cosmos”, cada unidade da classe Virginia (a mais sofisticada) da frota submarina americana custou até US$ 2,4 bilhões.

Turney lembra que drones submarinos não são exatamente uma novidade. O primeiro exemplar foi desenvolvido na Universidade de Washington em 1957, e desde então eles se diversificaram em formatos, tamanhos e finalidades, fazendo de pesquisa científica a mapeamento do fundo do mar para prospecção de petróleo e gás. Mas o XLUUV da Boeing é o primeiro a ser fabricado com objetivos fundamentalmente bélicos.

Movido por uma combinação de baterias e geradores marítimos a diesel, o Orca terá um veículo central responsável por orientação e controle, navegação, autonomia, consciência situacional, comunicações centrais, distribuição de energia, energia e potência, propulsão e manobra e sensores de missão. Ele levará também um compartimento de carga modular capaz de suportar até 8 toneladas de peso, com interfaces definidas para implantar cargas úteis atuais e futuras.

Entre as facilidades proporcionadas pelo XLUUV da Boeing está a possibilidade de comandá-lo de terra, usando GPS, e a adaptabilidade dos sistemas usados a diferentes objetivos.



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