Durante a manhã da última quinta-feira (12), representantes da Via Campesina (MST, MPA, MAB) participaram de audiência com o vice-governador Daniel Pereira e outras autoridades no auditório do Palácio Presidente Vargas, em Porto Velho. Eles apresentaram uma pauta de reivindicações na área da saúde e educação, mas com desdobramentos para várias outras secretarias e órgãos públicos, como Universidade Federal de Rondônia, Procuradoria Geral da República, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron). Com relação à saúde, eles solicitaram a criação de centros especializados em cidades-polos, garantia de medicação básica em todos os municípios, garantia de controle do surto de mosquitos em comunidades próximas a barragens e lagos e a elaboração de uma campanha sobre os perigos dos agrotóxicos.
Sobre as reivindicações, o secretário de Estado da Saúde, Williames Pimentel, esclareceu que muitas dessas solicitações dizem respeito aos municípios, mas reconheceu a carência de médicos em algumas especialidades e disse que se trata de “um problema nacional – como ortopedistas, ginecologistas, pediatras e nefrologistas”. Ele salientou o empenho do governo do Estado em instalar o Hospital Escola do Hospital de Base, que irá garantir médicos em várias especialidades, bem como o empenho do governo em regionalizar a saúde, “tirando o acúmulo de atendimentos dos hospitais em Porto Velho”.
O promotor-geral da República, Rafael Bevilaqua, promoveu a ideia da aquisição conjunta de medicamentos para os pequenos municípios, facilitando o acesso a compras a preços reduzidos. No entanto, Pimentel frisou que o Estado tem comprado a cesta básica de medicamentos, através de atas de preços diretamente de laboratórios públicos, o que garante menor preço. O secretário de Saúde disse que está em estudo uma licitação “guarda-chuva” para atender aos pequenos municípios, realizando compensações.