A lentidão com que vão se desenrolando as obras da “tão conhecida rua da Beira”, em Porto Velho, às margens da BR-364, entrada da cidade, já não é mais novidade para os mais prejudicados pela situação, os comerciantes do setor.
Lojas de veículos automotores, borracharias, peças e outra infinidade de representantes lojistas, varejo e atacado, convivem em meio ao caos das obras da rua da Beira que há mais de sete anos “se arrastam”.
Com a chegada do período chuvoso, de acordo com opinião de comerciantes do local, a situação ficou mais crítica devido ao crescimento de mato e amontoamento de lixos e outros entulhos que se formam.
De acordo com informações de empresários da rua da Beira, que preferiram não ter seus nomes divulgados para evitar retaliações do próprio poder público, muitos ofícios e documentos com pedidos de providências para o local já foram encaminhados à prefeitura da cidade. Porém, não há retorno no que diz respeito à tomada de atitude.
“Recentemente pedidos que a prefeitura fizesse uma limpeza básica, pelo menos no canteiro que separa esta via da rodovia. Mas, o mato já está muito grande e eles não apareceram para limpar”, explica Carlos Augusto, comerciante que se diz indignado com a falta de atenção do poder público.
O abandono a que foi deixada a rua da Beira tem impacto direto nos comerciantes. Porém, populares que utilizam o trecho como rota também sofrem com o descaso. Dois pontos de ônibus, situado nas proximidades da entrada para a rua Três e Meio, está cercado pelo mato e pondo em risco os usuários do transporte coletivo.
Uma senhora, acompanhada da filha, relatou que animais peçonhentos estão às voltas oferecendo riscos de contágio de doenças. “Isso aqui é horrível. Temos que aguardar o ônibus e, enquanto isso, gatos, cachorros e ratos disputam o mesmo espaço. Isso não é humano. É inaceitável”, explica Maria Benedita de Souza, moradora do bairro Nova Floresta.
Buracos e entulhos dificultam trafegabilidade
Alguns trechos da rua da Beira, lado direito de quem segue com destino à avenida Jorge Teixeira, encontram-se em situação precária. As obras realizadas para finalizar o viaduto do entroncamento no bairro Trevo do Roque, deixaram muitos entulhos que ficaram amontoados nas vias adjacentes à rodovia. Além disso, buracos estão à frente das próprias lojas dificultando o acesso de clientes. A situação, na opinião dos comerciantes, prejudica em muito, posto que muitas pessoas preferem procurar os serviços em outros locais por considerarem o acesso bem mais complexo.
Os trabalhos de recuperação do trecho da rua da Beira não estão paralisados totalmente. Porém, na opinião de populares que transitam pelo trecho, estão sendo desenvolvidos muito lentamente. A desculpa é o período chuvoso que precisa ser considerado. “Eles tiveram o verão todo para trabalhar. Mas, a falta de uma programação resulta nisso”, explica o borracheiro Miguel Renato dos Santos. Se as obras estão a passos lentos, a limpeza, que deveria ser executada por parte da prefeitura, pouco acontece. Contatos foram feitos pela equipe de reportagem deste veículo, junto à secretaria municipal responsável, mas não houve retorno.