O aumento de registros de casos de violência contra a mulher é um fenômeno que requer uma compreensão detalhada. O que teria causando tantos comunicados dessa natureza e que tipo de violência as mulheres vem sofrendo ultrapassam os limites da crescente violência urbana. A violência contra a mulher gera por consequência violência contra os filhos, geralmente crianças, afetadas emocionalmente e até fisicamente em decorrência o descontrole dos pais. A violência contra a mulher ultrapassa ainda a questão de gênero e constitui uma das principais violações dos direitos humanos.
A característica da violência de gênero muda entre homens e mulheres e mulheres. Enquanto que para eles a violência ocorre nas ruas, para elas o lugar de perigo é dentro de casa, onde deveriam ter o amparo e proteção do cônjuge. As mulheres são agredidas verbalmente, emocionalmente e fisicamente sem qualquer escrúpulo consistindo uma atitude de comportamento machista e covarde, uma vez que o porte físico de uma mulher é mais frágil do que o homem, tornando esse confronto desequilibrado em todas medidas de forças.
Também há de se considerar que a mulher é mais frágil sentimentalmente e a violência gera abalos psíquicos e emocionais profundos na honra e na moral. Pior de tudo é que esse tipo de conflito ocorre geralmente na frente dos filhos, também indefesos, que criam ressentimentos que estimulam alterações de comportamentos. Essa convivência familiar conturbada e agressiva forma uma geração baseada em solucionar problemas por meios de violência.
Desse modo, a violência contra a mulher deixa de ser um problema familiar e torna um problema social, onde cada indivíduo tem seu dever de combater esse mal da sociedade. Os poderes públicos precisam ir além das denúncias, apurações e punições, e criar políticas públicas eficazes no sentido de mudar essa cultura. É incabível o avanço da violência em qualquer natureza, e contra a mulher e criança é mais absurdo ainda para uma nação que almeja ser primeiro mundo.
