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Diário da Amazônia

Vítimas da cheia retornam para casa em Ji-Paraná

A coordenação da Defesa Civil, informou que todos os procedimentos foram feitos.

Por J. Nogueira
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Publicado: 05/03/2019 às 07h31min

Foram mais de 12 dias de intensas chuvas, 10 famílias encaminhadas ao abrigo do ginásio Adão Lamota, mais de 200 residências alagadas e cerca de 700 pessoas atingidas direta ou indiretamente pelos danos causados pelo inverno amazônico, em Ji-Paraná. Além disso, ruas alagadas, interditadas, asfalto danificado em diversos pontos da cidade, córrego do Canal 2 de Abril transbordando, e na área rural pontes, bueiros, e em muitos pontos o tráfego de veículo interrompido temporariamente. Ao menos duas escolas tiveram as aulas suspensas. No último sábado (03) com o nível do rio Machado abaixo da cota de transbordo, as famílias retornaram para suas casas.

Durante vários dias uma dezena de famílias ficaram abrigadas no ginásio Adão Lamota. — Foto: Divulgação

De acordo com a Defesa Civil de Ji-Paraná, mesmo com a volta das pessoas aos seus lares, o alerta para uma possível nova enchente continua. O alerta é consequência das chamadas chuvas de março que geralmente acontecem entre os dias 15 e 22. Meire Zanentim, coordenadora da Defesa Civil, disse que todos os procedimentos cabíveis para atender os afetados foram feitos.

Meire lembrou que a Defesa Civil é formada pelas secretarias de Assistência e Desenvolvimento Social (Semas), Corpo de Bombeiros e a Secretaria Obras e Serviços Públicos (Semosp), além da secretaria de Esportes e Turismo (Semetur). Durante a estadia das famílias no Ginásio, a Semas ofereceu todo suporte de apoio possível como alimentação, atendimento de assistentes sociais, psicólogos, transporte (quando possível) para unidades de saúde, escolar e três refeições diariamente, além da questão da segurança das mais de 30 pessoas, distribuídas pelas respectivas famílias, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos através de ações solidárias, entre elas, dos servidores do Juizado Especial Criminal, local que entregou 15 cestas básicas, proveniente de multas aplicadas em virtudes da prática de crime ambiental.

PREFEITURA

O prefeito Marcito Pinto (PDT) falou dos desafios que a prefeitura enfrenta todos os anos, durante a cheia de Ji-Paraná. Segundo ele, por sua determinação, a secretaria de Obras dobrou o número de equipes de manutenção para atender e recuperar os pontos mais castigados do município, urbana e rural. “Estamos também fazendo a manutenção da malha asfáltica que está bastante castigada”, declarou.

SOLIDARIEDADE

Outro fator observado neste período de cheias do rio Machado foi a solidariedade da sociedade. Muitos donativos chegaram às vítimas das águas. Entre elas, do Juizado Especial Criminal local com 15 cestas básicas, provenientes de multa por crime ambiental. O ponto lamentável foi o falecimento da criança Isadora Raíssa (1,6 meses), no dia 19 quando caiu na água que já invadia toda a área da casa dos pais.



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