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Diário da Amazônia

COLUNA-O impacto do novo salário mínimo

Novo salário apresenta uma alta de 5% ao atual que hoje custa R$954,00.

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Publicado: 13/04/2018 às 10h16min | Atualizado 13/04/2018 às 22h16min

O valor do novo salário-mínimo foi divulgado ontem pelo Ministério do Planejamento e está contido dentro da Lei de Diretrizes Orçamentária, que passará a ser analisada pelo Congresso Nacional. De acordo com a proposta, o mínimo será de R$ 1.002, o que representa uma alta de 5% em relação ao atual mínimo (R$ 954,00).

De um lado, a notícia pode não ter agradado o trabalhador, que poderá (o valor ainda depende de aprovação do Congresso) receber a partir de maio do próximo ano R$ 48,00, a mais em seu rendimento mensal. Por outro lado, está o patrão, aquele responsável pela geração do emprego e que carrega consigo um peso gigante de impostos.

Enquanto o trabalhador luta incansavelmente pela sobrevivência, o empregador se esforça de forma intensa para garantir as contribuições previdenciárias em dia. Se não fizer esses pagamentos de forma correta, corre o risco de fechar a empresa e manda o empregado para a rua. Nessa luta pela sobrevivência, os dois perdem.

No meio da luta pela busca da sobrevivência no competitivo mercado de trabalho está a Reforma da Previdência, que “flexibilizou” algumas leis da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), facilitando, por exemplo, o trabalho em casa e fragmentando as férias trabalhistas e estabelecendo um novo modelo de contrato de trabalho.

Ainda não é possível fazer uma avaliação sobre o impacto das mudanças na vida do trabalhador e das empresas. A única certeza é que o Brasil continua com 13 milhões de pessoas em busca de emprego.

No ano passado, as maiores taxas de desempregos foram verificadas na Bahia (30,8%),  no Piauí (27,7%), em Sergipe (25,2%), no Maranhão (24,9%) e em Pernambuco (24,5%). As menores taxas foram registradas em Santa Catarina (8,9%), no Mato Grosso (12,0%), em Rondônia (12,2%), no Mato Grosso do Sul (12,8%), Paraná (13,0%) e Rio Grande do Sul (13,0%). Desse montante de 13 milhões, os pardos representam um percentual de 52,6%; a dos brancos ficou em 35,6% e dos negros subiu para 11,1%.

Os números podem alterar, mas a certeza é que milhões de pessoas continuam se alimentando da esperança de fazer parte do mercado de trabalho, mas encontram dificuldades e na avaliação de alguns analistas econômicos, a tendência é piorar. Restar torcer para que os prognósticos dos analistas estejam errados.



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