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RONDÔNIA

Índice de crianças com autismo vem aumentando em Porto Velho

O número de crianças com autismo vêm crescendo no município de Porto Velho, existem atualmente cerca de 400 crianças diagnosticadas..

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Publicado: 27/08/2018 às 16h04min | Atualizado 27/08/2018 às 17h40min

Imagens: Rafael Anacleto – Raymundo Brito – Redetv

O número de crianças com autismo vêm crescendo no município de Porto Velho, existem atualmente cerca de 400 crianças diagnosticadas com a síndrome e devidamente registradas pelo município.

Para debater esta situação e vencer o estigma imposto por algumas pessoas sobre o autismo, aconteceu no último dia (17) no auditório do Ministério Público Estadual o 1° Simpósio Rondoniense em Autismo e Políticas de Inclusão, realizado pela Associação dos Amigos do Autista de Rondônia (AMA), em Porto Velho .

O evento teve a participação de profissionais de diversas áreas, onde palestraram sobre os temas voltados para o autista, abordando desde a saúde da pessoa com autismo, educação e direitos.

Imagens: Rafael Anacleto – Raymundo Brito – Redetv

Muitas famílias estiveram presentes no simpósio, para Nilza Ferreira, presidente da AMA, fazem 17 anos que associação vem prestando o serviço aos pais “Nós trabalhamos com a metodologia TEACCH, que é uma metodologia dos Estados Unidos, que trabalha o comportamento, autonomia e autoestima dos autistas também, e este trabalho já vem sendo feito a bastante tempo, a AMA já existe a dezessete anos, onde nós fazemos este trabalho com eles. Hoje nós atendemos 60 autistas de 1 a 32 anos”, disse a presidente.

O autismo possui vários níveis, onde podemos imaginar um um degradé, que vai de cores muito escuras , em que se encontram os casos mais graves, até os tons mais claros, onde os sinais se apresentam mais brandos. A interação social, dificuldade na comunicação e a questão comportamental são as partes mais afetadas na vida de uma pessoa autista.

Imagens: Rafael Anacleto – Raymundo Brito – Redetv

O modo de enxergar a realidade é outra, a forma de agir e a hipersensibilidade são características que podem dar indício do autismo, ele é um transtorno que pode atingir as pessoas de qualquer classe social. Maria Eduarda tem 6 anos, inquieta a garota não para, ela não consegue falar e quando precisa de alguma coisa aperta as mãos dos pais, a menina vive com autismo, mas a descoberta do transtorno veio apenas quando ela tinha 2 anos de idade.

Imagens: Rafael Anacleto – Raymundo Brito – Redetv

“Foi uma jornada grande para a gente ter o diagnóstico preciso dela, demorou mais ou menos um ano e oito meses que foi o momento x que a gente descobriu que ela era autista , que foi quando ela começou a sentir os sintomas mais relevantes, onde ela começou a deixar tudo em fileiras, começou a andar de ponta de pés, e começou a dar giros e brincando com tampas de panela, ai a gente procurou o médico que não queria dar o diagnóstico, agente fala que tinha alguma coisa que não era normal na Maria Eduarda” disse Eliane Guatel, mãe da menina.

Além da demora por parte dos médicos em diagnosticarem a menina, a família ainda algumas dificuldades por a filha ser autista, pois algumas pessoas não entendem e ainda criticam o comportamento da menina, mas o amor pela criança supera qualquer barreira.

Imagens: Rafael Anacleto – Raymundo Brito – Redetv

“Ela é muito carinhosa, têm pessoas que às vezes pensam que o autista é agressivo, mas eles têm muito amor, e isso acaba sendo uma superação para a gente a cada dia. Eu só tenho a dizer que somou muito na minha vida, comparando com a síndrome de down que é uma das síndromes que os sinais são visíveis, com o autismo não, então, as pessoas às vezes interpretam mal o comportamento, julgam mal, por não entender e não ser tão divulgado”, explicou Lucas Tatuí, pai de Maria Eduarda.



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