Para resolver a questão sobre a transferência da locomotiva que estava no sítio histórico da Vila Candelária, área da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, para o Espaço Alternativo de Porto Velho, o Ministério Público Federal (MPF) passou a responsabilidade para o Estado resolver essa questão e numa reunião realizada quarta-feira na sede do Ministério Público do Estado de Rondônia (MPE) deve pôr fim ao impasse. O Iphan comprometeu-se a informar o local de devolução da locomotiva no prazo de até 24 horas. O Departamento Estadual de Estradas e Rodagens (DER) firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que a locomotiva fosse devolvida ao complexo ferroviário. O diretor-geral do DER, Ezequiel Neiva, disse que a locomotiva saindo do Espaço Alternativo para ser devolvida, será feita uma réplica da máquina, assim como foram feitas outras réplicas históricas no local.
Na semana passada a população de Porto Velho pôde vislumbrar um dos atrativos históricos mais famosos do Estado; uma das locomotivas do complexo ferroviário foi transferida para o Espaço Alternativo, localizado na Avenida Jorge Teixeira em Porto Velho. A transferência foi realizada pelo Departamento Estadual de Estradas e Rodagens (DER), que alegou ter sido autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para que pudesse fazer parte do memorial histórico de Rondônia. O Iphan explicou que o Estado é proprietário dos 300 quilômetros de ferrovia, a partir da Igreja de Santo Antônio, na Capital, até o Município de Guajará Mirim. A Promotora de Justiça do Meio Ambiente, Aidee Moser Torquato Luiz, que coordenou a reunião, avaliou que o Iphan não havia autorizado o deslocamento da locomotiva, sendo imprescindível a manifestação do órgão responsável para transferência desse patrimônio histórico-cultural. A superintendente do Iphan em Rondônia, Delma Batista Siqueira disse que o erro sobre essa transferência da locomotiva da EFMM pelo DER para o Espaço Alternativo, onde iria compor o memorial histórico do Estado, deve ser resolvido rapidamente. “O engano foi retirarem a locomotiva do perímetro de oito quilômetros que corresponde à Praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré até a Igreja de Santo Antônio, pois esse espaço é tombamento federal, e nenhuma peça pode ser retirada do seu contexto, nós não autorizamos naquele perímetro, isso foi um engano que vai corrigido por eles”, diz.
