Mesmo orientado pelos médicos a ter disciplina rigorosa para o tratamento de sua lesão no pé direito, Neymar se soltou na festa de seu aniversário, na segunda-feira (4), em Paris, e dançou com convidados, deixando a muleta para trás. Do outro lado do oceano, no Rio, o gesto dele provocou desconforto na comissão técnica da Seleção.
Em conversas reservadas entre o técnico Tite e seus auxiliares diretos houve uma reação negativa à atitude de Neymar. Consideraram que ele deveria se poupar e não se expor a excessos.
Apesar disso, nem Tite nem o coordenador Edu Gaspar vão tocar no assunto quando estiverem novamente com Neymar. O jogador continua imune a advertências na Seleção e, por extensão, na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A preocupação dos que controlam a Seleção é justificável: o Brasil sediará a Copa América em junho e julho e a equipe precisa muito de Neymar em forma, a fim de brigar pelo título com os tradicionais adversários do continente, notadamente Argentina, Uruguai e Chile.
Um novo fracasso do time poderia representar o fim da passagem de Tite na Seleção. Por isso, ninguém do seu staff admite a possibilidade de não contar com Neymar na competição ou tê-lo fora das condições ideais.
O craque tenta se recuperar de nova lesão no quinto metatarso do pé direito e deve ficar, a princípio, dois meses sem jogar. A Seleção, portanto, não contará com ele em dois amistosos previstos para março, um deles contra a República Tcheca, no dia 26. O outro ainda carece da definição de adversário.