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Diário da Amazônia

Ações incentivam doação de órgãos

As ações tiveram início na segunda (21), e seguem acontecendo até o próximo dia 28.

Por Magda Oliveira Diário da Amazônia
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Publicado: 24/09/2015 às 05h10min

Em função de doações de órgãos, muitas pessoas tiveram suas vidas salvas  Divulgação/Diário da Amazônia

Em função de doações de órgãos, muitas pessoas tiveram suas vidas salvas Divulgação/Diário da Amazônia

Com o objetivo de aumentar o número de doadores de órgãos, o Hospital Regional de Cacoal está realizando ações pela Semana Nacional de Doação de Órgãos. O objetivo das ações é conscientizar sobre a importância de ser um doador, e informar a família dessa vontade ainda em vida. As ações tiveram início na segunda-feira (21) e segue até a próxima segunda-feira (28). Palestras em faculdades, pit stop, e conscientização da doação de órgãos dos próprios profissionais da saúde estão entres as ações.

Desde os 13 anos de idade o ex-balconista Fábio Júnior França, de 28 anos, sofre com problemas renais, porém a situação se agravou ainda mais há cerca de dois anos, quando os remédios que tomava para o funcionamento dos rins, pararam de fazer efeito e ele precisou recorrer a sessões de hemodiálise. Fábio, que mora no município de Rolim de Moura, precisa vir a Cacoal três vezes por semana, para passar por sessões de hemodiálise. Para acabar com esse sofrimento Fábio necessita de um doador de rim. “A qualidade de vida para quem necessita de hemodiálise é muito complicada, não pode comer de tudo, não pode beber muito líquido, então nesse calor que é em Rondônia nós passamos muito mal, pois é muito difícil sentir sede e não poder tomar água. A fraqueza no corpo é constante”, contou Fábio.

Para aumentar as chances de vida de pessoas em situações semelhantes à de Fábio encontrarem um doador compatível, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação e Captação de Órgão e Tecidos para Transplantes do Hospital Regional de Cacoal está trabalhando com ações de conscientização para a doação de órgãos.

“Nós temos diversos pacientes cadastrados na lista de espera, esses pacientes dependem de um órgão para continuar vivendo, ou mesmo melhorar a qualidade de vida”, afirmou a assistente social do Hospital Regional, Risany Jaconi.

A assistente explica ainda, que um dos maiores fatores que vem sendo observado é que quando se consegue concluir um protocolo de investigação, que é sempre muito complexo devido a gravidade de cada paciente, em alguns casos a família não aceita a doação.

“Isso ocorre por diversas questões de ordem psicológica, conflito familiar. Pedimos que as famílias discutam essa questão, que as pessoas levem ao conhecimento da família a vontade de ser um doador. Não precisa sempre ser o fim, isso pode ser o recomeço. Nós precisamos entender que antes de sermos doadores, somos possíveis receptores”, alertou.

A coleta de órgãos em Cacoal é realizada por uma equipe médica de Porto Velho e feita em pacientes com morte encefálica comprovada. O município já concluiu 22 protocolos de investigações, desses houve 16 recusas de doação familiar e seis doações.



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