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Diário da Amazônia

Eleições: Aécio deve reforçar equipe e tenta aumentar caixa

 Com a ida ao segundo turno, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, vai trabalhar para reforçar a equipe e o caixa da..

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Publicado: 06/10/2014 às 18h36min

 Com a ida ao segundo turno, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, vai trabalhar para reforçar a equipe e o caixa da campanha.
Desde a última semana, a equipe do candidato pensa sobre quais as alterações que serão necessárias para enfrentar o segundo turno. A equipe de TV, que produz a propaganda eleitoral, será reforçada. Aécio, que tinha quatro minutos de programa, passará a ter dez. Não está descartada nem a contratação de um segundo marqueteiro, para auxiliar o coordenador de comunicação, Paulo Vasconcelos.

Haverá também um esforço para fortalecer o caixa da campanha. Aécio, que chegou a liderar as arrecadações no primeiro mês da disputa, viu a arrecadação cair junto com o índice de intenções de votos das pesquisas durante o mês de setembro. Nem mesmo o emparelhamento com Marina na segunda posição na reta final do primeiro turno fez com que os doadores voltassem ao mesmo ritmo.

De acordo com um dos principais arrecadadores do PSDB, procurados, os financiadores pediam para “voltar a conversar depois do dia 6 de outubro”, num indicativo de só haveria mais dinheiro se Aécio passasse para a fase seguinte da eleição.
No campo da estratégia, o embate com o PT deve se dar prioritariamente em duas linhas. Os tucanos vão explorar as sucessivas denúncias de corrupção na Petrobras para desgastar o governo Dilma. Em outra ponta, o embate será econômico. Para isso, Aécio conta com a grife que o economista Armínio Fraga -seu ministro da Fazenda, caso eleito- ostenta no mercado.
Politicamente, será imprescindível para o senador tucano atrair os eleitores de Marina Silva durante o segundo turno. Por isso, depois do debate da Rede Globo, Aécio foi orientado a não fazer mais ataques à pessebista. A estratégia de polarizar com Marina durante o último embate na TV chegou a ser questionada por aliados.

DIFICULDADES

Aécio disse nunca ter perdido a “fé” de que se recuperaria. Apesar das reviravoltas, não foi a queda nas pesquisas nem a revoada de aliados -Aécio chegou a comparar políticos que abandonam seus candidatos em “mau tempo” a aves de arribação- que levaram o presidenciável ao momento mais reflexivo de toda a disputa eleitoral.
Na noite do dia 13 de agosto, quando o avião de Campos caiu, o tucano voou para sua casa no Rio de Janeiro e passou a noite com a mulher e os filhos. Havia recebido uma mensagem do padre Fábio de Mello, de quem é próximo. O texto recomendava que ele usasse aquele momento “de dor para refletir sobre o que realmente tem valor na vida”.

Aécio fez quase dois meses de campanha com os dois filhos mais novos, os bebês Júlia e Bernardo, internados em uma UTI neonatal. As crianças nasceram prematuras, com órgãos vitais, como o pulmão, ainda em processo de formação. Há cerca de duas semanas, Aécio fez um relato sobre essa época à reportagem, em tom de desabafo. “Alguém que passou pelo que eu passei, com meus bebês no hospital e eu sem poder dar o apoio que a Letícia precisava… Depois que eles saíram, eu não posso reclamar de mais nada. Eu já venci”.
No domingo (5), o tucano voltou ao assunto e, se dirigindo à mulher, agradeceu o apoio. “Minha ausência em casa foi uma tentativa de me fazer presente na vida de milhões e milhões de brasileiros buscando dar a eles um caminho”, disse.



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