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RONDÔNIA

Asfaltão abre desfile de carnaval

O símbolo maior da escola, o tigre, enunciará o que o desfile se propõe a mostrar no dia 27.

Por Ariadny Medeiros Diário da Amazônia
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Publicado: 18/02/2016 às 05h20min | Atualizado 18/02/2016 às 18h26min

A escola desfilará às 18h do dia 27 de fevereiro

A escola desfilará às 18h do dia 27 de fevereiro

As escolas de samba já estão se preparando para o desfile do Carnaval este ano, que será realizado nos dias 26 e 27 de fevereiro, no Parque dos Tanques. Na semana passada houve repasse da verba para as escolas do grupo especial e para as escolas do grupo de acesso. A equipe do Diário da Amazônia esteve nos bastidores da escola Asfaltão, e conversou com os organizadores, que estão trabalhando dia e noite para que consigam finalizar os preparativos para o grande dia do desfile.

A escola Asfaltão completa 45 anos este mês e traz como samba-enredo “Não sei se é sonho, utopia ou ilusão, vou cumprir minha missão”. A escolha do tema, realizada em abril do ano passado, foi internamente e muito disputada, tendo a votação ido até para o 2º turno “tiveram 3 temas disputando para ver quem conseguiria […] fomos para o auditório e fizemos a projeção em slides e fizemos nossa defesa. Cada um na sua defesa coloca como imagina e como quer que a escola saia, foi uma disputa muito difícil”, analisou Silvia Pinheiro, diretora de comunicação da escola Asfaltão.

A diretora foi vencedora do tema e relatou que a inspiração surgiu para enaltecer a cultura, pois há três anos não ocorria o carnaval em Porto Velho “a gente rala pra caramba e quando vai ter o resultado não tem, aí inclusive a gente coloca isso também, não sei se é sonho, utopia ou ilusão mas vou continuar fazendo cultura”, afirmou Silvia ao relatar que logo depois a ideia passou a contemplar uma questão mais ampla, de um mundo melhor para todos nós.

A escola Asfaltão será a primeira a se apresentar entre as escolas do grupo especial, entrará na avenida às 18h do dia 27 de fevereiro. O símbolo maior da escola, o tigre, enunciará o que o desfile se propõe a mostrar, uma diferença entre o sonho e a realidade “ele [o tigre] estava dormindo sonhando com o mundo perfeito sem discriminação, com igualdade […] de repente ele acorda e vê que não é nada disso existe muito problema, e ele desesperado na luta entre o bem e mal”, frisou Pinheiro.

Equipes se revezam para concluir os trabalhos

A festa é promovida pelo poder público que precisa subsidiar as escolas que possuem recursos limitados, “não temos estrutura de barracão, nos outros Estados disponibilizam espaço de terreno e estrutura física, aqui o espaço é alugado, viemos para cá tem 8 dias”, disse a diretora. Segundo ela, o tempo de preparação das escolas está sendo curto, porém as equipes estão se revezando e trabalhando sem parar no intuito de finalizar os trabalhos a tempo, “a gente tem uma equipe muito boa, amanhã a previsão é começar a fase de acabamento […] e isso nos dá uma certa tranquilidade, apesar da angústia do tempo”, disse.

No ano passado a escola se mobilizou para início dos preparativos do desfile porém o município anunciou que não teria mais o evento, “é uma questão puramente burocrática, falta de planejamento, pois o calendário é nacional”, ressaltou Silvia. De acordo com a diretora de comunicação em 2015 a escola teve prejuízos por acreditar que o Carnaval aconteceria, “ano passado nós mobilizamos, trouxemos material para cá, fizemos ensaio, alugando banheiro e som, com mais de 10 dias de ensaio o Estado e município anunciaram que não ia ter mais o evento”, finalizou.

A estimativa é que este ano a escola saia com cerca de 400 brincantes, e embora o regulamente preveja alguns pontos mínimos a serem seguidos, a escola trabalha com uma margem maior, “tem número mínimo para tudo, tem quesitos que contam pontos, número mínimo de baianas, ritmistas na bateria, mínimo de membros na comissão de frente e alegorias”, explicou Pinheiro. Ainda de acordo com informações, a escola recebeu uma quantia de R$ 115 mil, “são 7 escolas, as 4 do grupo especial recebem 75% da verba, e as 3 escolas de acesso recebem 25%”, conclui ela.



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