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Diário da Amazônia

Atlas mostra mapa do câncer em Rondônia

A região Sul de Rondônia é a que mais apresenta maior número mortalidade por câncer em homens e mulheres. É o que aponta o Atlas da..

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Publicado: 01/12/2014 às 10h19min | Atualizado 28/04/2015 às 17h38min

A região Sul de Rondônia é a que mais apresenta maior número mortalidade por câncer em homens e mulheres. É o que aponta o Atlas da Mortalidade por Câncer – Versão 2014, lançado na última sexta-feira pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). O documento revela que entre 2010 a 2012, a taxa bruta de mortalidade, por 100 mil homens, é de 70,53 (veja gráfico ao lado). Em relação às mulheres, a região de Porto Velho apresenta a maior taxa de bruta de mortalidade: 48,78 por 100 mil mulheres.

taxas brutas de mortalidade por 100.000 homens, Rondônia, entre 2010 e 2012

Taxas brutas de mortalidade por 100.000 homens, Rondônia, entre 2010 e 2012

Os municípios no entorno da região de Cacoal apresentou a maior taxa bruta de morte de câncer de estômago em homens (8,64). Já a região de Porto Velho é onde existe o maior índice de mortes por câncer de mama (6.42) seguido pelo colo de útero (5,97).
Segundo o Inca, as regiões que mais conseguiram conter os diferentes tipos de câncer foram o Sudeste, o Sul e o Centro-Oeste. Por outro lado, a taxa de mortalidade no Norte e Nordeste aumentou.

Os tipos de câncer que mais levam à morte no Brasil continuam sendo os de traqueia, brônquio e pulmão, estômago, cólon e reto (conhecido por câncer de intestino), próstata, mama, além de câncer de colo do útero.

O ATLAS  

Ao ilustrar as distribuições espacial e temporal de mortalidade, o Atlas torna-se um espaço virtual no qual gestores da saúde, pesquisadores, acadêmicos e profissionais da comunicação poderão visualizar, por diferentes abordagens, o comportamento da mortalidade por câncer e também fazer a

taxas brutas de mortalidade por 100.000 mulheres, Rondônia, entre 2010 e 2012

Taxas brutas de mortalidade por 100.000 mulheres, Rondônia, entre 2010 e 2012

análise da relação entre a mortalidade da doença e variáveis associadas a estilo de vida, condições ambientais e diferenças populacionais.
O Atlas on line de Mortalidade, utiliza como base o Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM (SVS/Dasis/Cgiae), do Ministério da Saúde, e será útil, por exemplo, no apoio a estudos para identificação de fatores de risco suspeitos que serão explorados em estudos epidemiológicos sobre a doença em todos os municípios brasileiros.

SÉRIE HISTÓRICA DE ÓBITOS

A ferramenta permite que se observe a série histórica de óbitos registrada pelo SIM até 2012 e as diferenças regionais, além de possibilitar diferentes abordagens que auxiliarão ao usuário na compreensão da doença em seu território.

A ferramenta vai ao encontro do objetivo do Dia Nacional de Combate ao Câncer (27 de novembro), já que auxilia os profissionais da saúde pública na determinação de prioridades necessárias à prevenção e ao controle do câncer, além de fornecer grande quantidade de informações a professores, pesquisadores e profissionais da imprensa, colaborando com a difusão e com o fomento da discussão sobre o tema.

O lançamento ocorreu durante o evento que o INCA promove sobre a data. Nele, profissionais do Instituto apresentaram o contexto da criação do Atlas e também explicam o passo a passo para a utilização da ferramenta. Desde 1988, o Dia Nacional de Combate ao Câncer mobiliza a sociedade e amplia o conhecimento sobre a prevenção da doença, estimulando o debate sobre aspectos educativos e sociais.

Para o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini, compartilhar a utilização do Atlas on line de Mortalidade com a sociedade é um passo importante: “O INCA considera a informação adequada

um componente estratégico e fundamental para o controle do câncer. Para expandir o conhecimento sobre a doença à população e qualificar cada vez mais as informações transmitidas, precisamos de fontes confiáveis, como o Atlas, e profissionais de comunicação comprometidos com o trabalho de compartilhar e multiplicar o conhecimento sobre saúde e câncer”, ressalta.

A primeira edição do Atlas foi lançada em 2002, em versão impressa. Hoje, totalmente atualizada e seguindo a cultura de usabilidade digital, a ferramenta é resultado da soma de interesses, capacidades e habilidades técnicas e sanitárias dos profissionais do INCA.



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