Equipes do MP, Defensoria e Conselho Penitenciário e Sejus vistoriam presídio
O aumento no número de acidentes, tanto no perímetro urbano quanto no percurso da BR-364, em Ji-Paraná, começa a preocupar as autoridades ligadas ao setor. Diariamente é possível flagrar animais ao logo da pista da rodovia federal e nas vias urbanas da cidade, o que coloca em risco a segurança de condutores de automóveis e motocicletas, e principalmente pedestres. Uma das causas do referido índice pode estar relacionada com a suspensão, provisória, do serviço de recolhimento de animais (equinos) feito pelo Centro de Controle Zoonoses (CCZ). O único veículo está no pátio do órgão à espera de conserto mecânico há quase um ano, e o trabalho está sendo feito através de frente.
Uma das vítimas de acidentes com animais soltos nas vias públicas de Ji-Paraná foi Samuel Ramos que sofreu cortes pelo rosto. “Foi Deus que salvou minha vida”, declarou. Somente nos últimos 15 dias, três casos já teriam sido registrados dessa natureza. Os dois últimos acidentes aconteceram na BR-364, perímetro urbano deste município, sentido ao município de Presidente Médici, envolvendo equinos. “Para não bater com o animal e sofrer dano pior, tive que jogar o carro fora da pista”, concluiu.
Providências
Ontem, por telefone, o diretor técnico e geral do Centro de Zoonoses (CCZ), Henrique Carvalho confirmou ao Diário a preocupação da secretária de Saúde (Semusa) quando ao aumento nos índices de acidentes envolvendo os animais de grande porte (boi, carvalho, suíno, carneiro). Ele também reconheceu que o caminhão boiadeiro usado para recolher estes animais, quebrado em decorrência de defeito na bomba injetora, também prejudica bastante. Ainda sobre o caminhão, Henrique Carvalho afirmou que a Semusa já teria tentado realizar duas licitações visando o concerto do veículo, mais nenhuma empresa teria se interessado.
A média de animais de grande porte recolhido, semanalmente, pelo Centro de Zoonoses é de duas apreensões, mais somente na última semana este número subiu para sete, e a expectativa do diretor é que aproximadamente 80 animais devam ser recolhidos somente neste primeiro mês do ano. Ele também alertou os proprietários de animais considerados de grande porte que a criação dos mesmos dentro do perímetro urbano da cidade é expressamente proibida pela Lei Municipal/1264 aprovada no ano de 2003. Entre as penalidades, está a multa no valor de até R$ 2 mil. “Iniciamos na última semana um trabalho de diligência em parceria com a Polícia Ambiental no sentido de combater esta prática que pode causar muitos danos, inclusive perdas de vidas”, alertou. Os bairros com maior incidência de animais soltos por seus donos são os Bosques dos Ipês e o Parque São Pedro, ambos no primeiro distrito.
