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Diário da Amazônia

Aumentam as fraudes no seguro DPVAT, em Ji-Paraná

Forjar um acidente, mudar sua característica ou falsificar documentos. Estes esquemas funcionam com o simples propósito de receber o..

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Publicado: 05/10/2014 às 14h28min | Atualizado 28/04/2015 às 23h18min

Pacientes que chegam ao Hospital Municipal são abordados na sala de espera, ortopedia ou no pronto-socorro

Pacientes que chegam ao Hospital Municipal são abordados na sala de espera, ortopedia ou no pronto-socorro

Forjar um acidente, mudar sua característica ou falsificar documentos. Estes esquemas funcionam com o simples propósito de receber o seguro de Danos Pessoais por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). As vítimas ou beneficiários, coagidos ou não, são abordadas diariamente no Hospital Municipal (HM), em Ji-Paraná por profissionais de várias empresas, que atuam segundo eles, dentro da “legalidade”.

O HM concentra hoje uma demanda de 14 cidades na região Central do Estado. A média de pacientes encaminhados para o polo de Ji-Paraná é altíssima, entre 80 e 120 pessoas por dia, média de 3,6 mil por mês e aproximadamente 43,2 mil por ano. Considerada a galinha dos ovos de ouro para as empresas e profissionais que trabalham com seguro Dpvat.

Os pacientes que chegam ao Hospital são abordados na sala de espera, ortopedia ou pronto-socorro. Em alguns casos, são induzidos a registrar boletim de ocorrência afirmando que foi vítima de acidente de trânsito para conseguir dar entrada no pedido de indenização do Dpvat. Enfermeiros do HM denunciam que se trata de empresas que coagem os pacientes a fim de mudar a origem do acidente para receber um seguro. “Os médicos aqui no HM estão muito cautelosos com essa situação. Estamos trabalhando para combater práticas ilegais e evitar as artimanhas de pessoas ou empresas que tentam tirar proveito da situação. Por semana estamos tendo uma média de 500 requerimentos de prontuários e fichas de atendimento ambulatorial, média de duas mil por mês”, ressaltou Antelmo Ferreira, diretor do HM.

Márcia Gonçalvez declarou que repudia prática criminosa

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Boletim de ocorrência

Para evitar fraudes e prejuízos, empresas do setor de seguro obrigatório terão que exigir o boletim de ocorrência feito na hora do acidente, para requerer as indenizações e barrar empresas e profissionais que agem de ma fé. Para o empresário Paulo Nunes, uma iniciativa louvável, para coibir ações criminosas.

“Hoje as pessoas estão temerosas, não sabe em quem confiar para montar um seguro Dpvat, tem muita gente agindo de ma fé, conduzindo pessoas que não são vítimas de acidentes de trânsito a dizerem que são, para receber indenização. Na verdade estão induzindo a pessoa a cometer um crime, de fraude contra a seguradora, com objetivo de obter lucro”, alertou, dizendo que “se alguém tentar te induzir dizendo que você foi vítima de acidente, sem ter sido ou se já foi, procure uma Delegacia de Polícia imediatamente e denuncie a pessoa ou a empresa”, completou.

B1 - abre 2 - 650Número de mortes caiu em mais de 10% este ano

Só no primeiro semestre desse ano, 340, 539 indenizações foram pagas, em todo território Nacional, crescimento de 14% comparado a igual período do ano passado.
Do total, 259,845 indenizações por invalidez permanente, uma elevação de 21%, de acordo com a seguradora Líder-Dpvat.
O número de mortes caiu 13% em relação os primeiros seis meses de 2013.



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