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Diário da Amazônia

Causa polêmica nova votação sobre financiamento de campanha

Cunha disse que fez um “comentário talvez equivocado” e que o Regimento Interno obriga a votação do texto-base.

Por Agência Câmara
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Publicado: 28/05/2015 às 04h20min | Atualizado 28/05/2015 às 14h53min

Se nenhuma emenda sobre financiamento de campanha for aprovada, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, informou ao Plenário que vai colocar em votação o texto principal da reforma política, que inclui na Constituição o financiamento por pessoas físicas e empresas a partidos. A decisão causou polêmica porque, na terça-feira, antes da derrota da emenda sobre financiamento empresarial de partidos e candidatos, o presidente disse que o texto-base não iria a voto.

Cunha disse que fez um “comentário talvez equivocado” e que o Regimento Interno obriga a votação do texto-base se nenhuma emenda for aprovada antes.
“A Presidência não está descumprindo acordo feito com os líderes. Na medida em que nenhuma emenda for aprovada, não restará outra alternativa que submeter a voto o texto do relatório”, disse.

A decisão já tinha sido anunciada, mas foi oficializada depois de questão de ordem do líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), que pediu ao presidente da Câmara a votação do ponto do relatório do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) sobre a reforma política que inclui na Constituição o financiamento de campanhas por empresas e pessoas físicas a candidatos e partidos.

Ainda na terça-feira, Cunha afirmou que o texto não seria votado por conta do acordo político feito na segunda-feira. O relator teria preferido o texto de uma emenda do PMDB que acabou derrotada em Plenário. Mendonça disse que não participou de acordos e cobrou a aplicação do dispositivo regimental que determina a votação do texto principal.

O líder do Pros, deputado Domingos Neto (CE), também cobrou a votação do texto do relator. Foi ele quem questionou Cunha sobre o rito da votação e ouviu do presidente a negativa da votação desse texto. “Quando vossa excelência tomou essa decisão, eu já tinha preparado recurso contra”, disse.

CRÍTICAS

A decisão foi criticada pelo deputado Glauber Braga (PSB-RJ). “Naquele momento, quando Cunha disse que não iria colocar o texto-base em votação, não houve contradita porque achavam que eram vitoriosos. O Plenário não pode voltar a deliberar”, opinou.

O líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), acredita que a emenda derrotada na terça foi considerada pelo Plenário como texto do relator. “A emenda correspondeu ao texto do relator, com anuência dele explicitada por microfone. Entendemos que o texto do relator está derrotado”.

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