Porto Velho/RO, 27 Março 2024 12:06:41
Diário da Amazônia

Combustível, gás e água ainda faltando em Ji-Paraná

O estoque de sangue no Hemocentro também está sendo atingido pela situação, o estoque registrou queda acima de 50% de procura para doação

Por J. Nogueira/Diário da Amazônia
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Publicado: 30/05/2018 às 16h33min

Foto: J. Nogueira/ Diário da Amazônia

Após o décimo dia de protestos dos caminhoneiros, bloqueando as rodovias federais em todo o território nacional, a população de Ji-Paraná, o segundo maior de Rondônia, continua registrando falta de gás de cozinha, água mineral, álcool entre outros muitos produtos. O estoque de sangue no Hemocentro também está sendo atingido pela situação, o estoque  registrou nesta quarta-feira (30), queda acima de 50% de procura para doação.

Combustível

O problema mais claro está nos postos de combustíveis, diariamente se formam filas de veículos à espera da chegada dos caminhões procedentes de Porto Velho, sempre com escolta de segurança, feita pela Polícia Rodoviária Federal (DPRF) no desbloqueio de vários pontos da rodovia federal. Desde que começou o protesto dos caminhoneiros, a gasolina chegou somente em somente quatro postos da cidade, mas em menos de quatro horas tudo acabou e centenas de condutores decidiram continuar no mesmo lugar à espera do próximo carregamento.

Uma gerente de um dos postos, localizado no primeiro distrito, disse na terça-feira (29) que não havia previsão da chegada de mais um carregamento e que além da gasolina, a água mineral e o gás de cozinha, também já estavam acabando. O único que ainda restava, e muito pouco, era o diesel. “No diesel, a prioridade estão sendo as ambulâncias e viaturas das polícias: Militar, Civil, Federal e Rodoviária”, afirmou.

Álcool

Sem ter gasolina nos postos de combustíveis, a saída emergencial nesta quarta-feira foi ‘correr’ para os supermercados em busca do álcool 96, sugerido para misturar na gasolina. Somente, um dos comércios situados no primeiro distrito, de acordo com a gerência, teria vendido entre segunda e quarta-feira mais de mil litros, com a unidade sendo comercializada ao preço de R$ 7.00. O valor teve um acréscimo de quase 100% já que na sexta-feira, o consumidor encontrava o produto por R$ 4,30.

Estoque baixo

Os protestos dos caminhoneiros também chegaram ao Hemocentro de Ji-Paraná, localizado na avenida Clovis Arraes, centro do primeiro distrito do município. Ontem (30), a direção convocou a imprensa para pedir ajudar da população no sentido de convocar os doadores para comparecer a unidade em decorrência da queda superior de 50% do movimento. “Estamos preocupados. Não sabemos até quando vai essa situação. Precisamos manter nosso estoque em condições de atender toda a nossa região, composta por 15 cidades da região central”, disse a diretora, Nilce Silveira Parejo.

Condução

Para ter o doador, a unidade do Hemocentro de Ji-Paraná colocou à disposição um veículo para transportá-lo. Para tanto, basta o doador ligar nos telefones: 9-8464 0210 e 3422-7662. Nesta quarta-feira, o Hemocentro atendeu até as 20h.

Hospital Claudionor Roriz

No Hspital Municipal Dr. Claudionor Roris, de Ji-Paraná, o movimento também registrou baixa nos últimos 10 dias. O prefeito Marcito Pinto (PDT) na terça-feira (29) assinou o Decreto dando Ponto Facultativo nas repartições públicas, menos em parte das secretarias de Saúde e Obras, consideradas de serviços essenciais. O atendimento ao público, segundo o decreto, somente voltará a sua normalidade na segunda-feira, dia 4 de junho. O comando da Polícia Militar, na manhã de ontem, teria informado a imprensa que até o momento o serviço de radiopatrulha (serviços ostensivos) estaria sendo realizado normalmente.

 



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