Com inscrições gratuitas, acontece entre os dias 4 e 8 de agosto próximo o curso “Contador de Histórias”, da professora paraense Adriana Cruz. O evento acontece na sede do Tapiri, situado à rua Franklin Tavares, bairro Pedrinhas, em Porto Velho. O horário, de acordo com informações dos organizadores, será das 18h às 22h. As inscrições podem ser feitas no departamento de curso do Sesc de Rondônia, na Esplanada das Secretarias.
Adriana Cruz é fundadora do “In Bust” Teatro com Bonecos, ao lado de Aníbal Pacha, Paulo Ricardo Nascimento e Cristina Costa. O curso já foi aplicado na UFPA, de Letras. E em abril último, foram lançados mais três livros de histórias da Coleção “Viagens de Zé Mururé”. A iniciativa abraçada pela Editora Estudos Amazônico nasceu do projeto Zé Mururé, que tem como objetivo coletar histórias e fazer um programa de TV com contação dessas histórias, colocando comunidades ribeirinhas como atuantes nos programas, através de oficinas de teatro de bonecos.
A vertente literária do Mururé prevê o lançamento de 10 livros. Um já foi lançado na feira do livro de 2012, A Boiuna e a Moça. Ainda estão saindo mais quatro: A Matinta Desencantada, Levanta Boi Bumbá, e O Homem que virava porco. O quarto, No Olho do Mapinguari. A proposta da coleção traz como protagonista o Zé Mururé, um marinheiro que tem um barco chamado Juvêncio. Ele viaja pelas ilhas da região amazônica transportando frutas, peixes e histórias que ele conta para um garoto chamado Miguel, morador da beira do porto Cheiroso, (porto que faz uma referência ao porto da palha, ao mercado do ver-o-peso, e outros).
O curso que será desenvolvido em Porto Velho conta com toda a performance da professora que tem forte vivência pelo cenário regional. “Não me julgo escritora, acho que sou mesmo uma contadora de histórias, e isso se estende para o teatro e para a literatura infantil. Faço com muito prazer, me divirto fazendo”, explica.
A professora
Adriana Cruz é docente da Universidade Federal do Pará, do Instituto de Ciências da Arte, e atriz, integrante do grupo In Bust – Teatro com Bonecos, grupo que realiza o programa CATALENDAS, na TV Cultura do Pará, veiculado em várias cidades do país. Trabalha como roteirista e manipuladora no programa, dirige espetáculos teatrais deste e de outros grupos. Além das atividades acima, também realiza o repasse de conhecimentos na área de teatro para alunos de oficinas na Fundação Curro Velho, em outras instituições na cidade de Belém-PA e em outras cidades. É autora da “Coleção Viagens de Zé Mururé”, projeto de dez volumes editados pela Editora Estudos Amazônicos dos quais já estão lançados “A Boiuna e a Moça”, “No Olho do Mapinguari”, “Levanta Boi Bumbá”, “O Homem que Virava Porco” e “A Matinta Desencantada”. Formada no curso Letras – Língua Portuguesa, pela Universidade Federal do Pará. Foi bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPQ com o trabalho “Batismo de Sangue”, “Ponto de Partida” e “Que bom te ver viva” : Performance e Espetacularização da Violência nas Narrativas da Memória Traumática” e atuou como diretora artística em um Projeto de Extensão da faculdade de Filosofia. Atualmente cursa o Mestrado Acadêmico em Artes da Universidade Federal do Pará.
Escritora ganha espaço no cenário amazônico
A professora e escritora Adriana, na opinião da crítica paraense, é uma excelente contadora de histórias. Nos últimos anos, tem ganhado espaço, principalmente em Belém, onde já assume a contração de história para diversos públicos e projetos como o da Livraria Saraiva, o Saraiva Kids, na programação da Estação das Docas, em algumas escolas e, também, nos projetos que correm Brasil e fora. “Tenho um repertório de mais de quinze histórias prontas para o público e destas, três já estão construídas baseadas na Coleção Viagens de Zé Mururé, as quais foram montadas (e ainda estão em processo de construção) com o Cincinato Jr. – uma parceria muito feliz entre a narrativa oral e a música, já que ele é músico”, comenta.
Além de assinar a direção do “In Bust” em diversos espetáculos, e para outros grupos de teatro, Adriana está atuando também na Fundação Curro Velho, responsável junto com uma equipe coordenada por Jorge Cunha, pela construção do espetáculo junino da iniciação artística, para qual ela escreve o texto pela segunda vez.
