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RONDÔNIA

Crea utiliza drones em fiscalizações

Com os drones, o Crea-RO terá uma visibilidade maior dos pequenos municípios.

Por Laila Moraes Diário da Amazônia
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Publicado: 15/08/2015 às 05h20min | Atualizado 15/08/2015 às 14h10min

A utilização dos drones nas fiscalizações é feita através de um convênio entre o Crea-Jovem e uma empresa especializada

A utilização dos drones nas fiscalizações é feita através de um convênio entre o Crea-Jovem e uma empresa especializada

Inovando mais uma vez, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia – Crea-RO, implementou uma nova ferramenta de trabalho para garantir a eficácia e eficiência de suas fiscalizações. Depois da caneta digital que transfere as informações coletadas durantes as fiscalizações para o Conselho em tempo real, o presidente do Crea-RO, Nélio Alencar, incorporou o uso de drones – aviões-robô que fazem fotos e filmagens aéreas de obras, no dia a dia dos fiscais.

Segundo o engenheiro civil, Nélio Alencar, o Crea-RO será um dos primeiros Conselhos a utilizar esse tipo de tecnologia para fiscalizações. “O Crea-SP já utiliza drones para fiscalizações de campo, especialmente na área da Geologia, mas somos pioneiros nas outras regiões e com uma abrangência maior”, diz Alencar.

Ele esclarece que nesse primeiro momento, os equipamentos serão utilizados em fase de testes nos municípios, uma vez que a utilização desse equipamento ainda não é regulada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O presidente do Crea-RO explica ainda que a utilização dos drones é feita através de um convênio entre o Crea-Jovem e uma empresa especializada.

Para o presidente do Crea-Jovem, Gesson Magalhães, a utilização dos drones nas fiscalizações é uma alternativa prática e inteligente. “Teremos uma visibilidade maior dos pequenos municípios em um curto espaço de tempo, o que vai facilitar e otimizar o trabalho realizado pelos fiscais”, aponta Gesson. Ele acrescenta ainda que os acadêmicos de engenharia e membros do Crea-Jovem participarão de um treinamento para aprender as técnicas de filmagem e pilotagem e ainda as principais medidas de segurança para manusear os drones durante as fiscalizações.

O eng, Civil Nélio Alencar (c) acompanhou as fiscalizações

O eng, Civil Nélio Alencar (c) acompanhou as fiscalizações

REFERÊNCIAS GEOGRÁFICAS DAS ÁREAS  

Apesar de pouco conhecidos e utilizados, os drones são realidade em vários setores do País, sendo usados nas áreas de energia, mineração, agricultura, rodovias e construção civil, além de ajudar no trabalho de órgãos policiais, ambientais e de defesa civil. O superintendente técnico do Crea-RO, Sigmar Cruz, explica que os drones são capazes de oferecer imagens com referências geográficas de ambientes urbanos e rurais.

“Com essa ferramenta, teremos uma redução significativa no tempo gasto com as fiscalizações, além de conseguir alcançar um número maior de áreas. Depois que o drone sobrevoar as áreas selecionadas, teremos as coordenadas geográficas dos pontos que estão com alguma atividade técnica de engenharia e os fiscais serão encaminhados para o local já determinado, sem precisar gastar tempo desnecessário e gasolina”, diz Cruz.

Ainda segundo o superintendente técnico do Crea-RO, a proposta é acrescentar mecanismos e ferramentas que melhorem cada

A partir de dezembro a regulamentação será  debatida

A partir de dezembro a regulamentação será debatida

vez mais as ações realizadas pelo Conselho. “Nossa intenção não é substituir a presença do fiscal nas obras, mas sim agregar valor ao trabalho já realizado por eles”, expõe.

REGULAMENTAÇÃO DO USO DE DRONES

A regulamentação sobre o uso civil, no Brasil, de Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) ou drones deverá ganhar impulso a partir de dezembro. É quando está prevista a proposição de uma minuta de instrução do Comando da Aeronáutica a respeito do tema. Com aplicação crescente em setores como construção civil, agronegócio e meio ambiente – onde contribui no levantamento de imagens para detectar áreas de desmatamento –, o emprego de vants no País carece de legislação que regule não só o voo seguro das aeronaves não tripuladas, mas a própria estrutura de controle em solo.

De acordo com o responsável pela Seção de Planejamento de Operações Militares do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), tenente-coronel Jorge Humberto Vargas Rainho, a minuta da Aeronáutica deve contemplar diversos aspectos associados à operação desses equipamentos por empresas interessadas. “Hoje, a legislação prevista para emprego de aeronaves remotamente pilotadas é regida pela Carta de Informação Aeronáutica nº 21/10, de 23 de setembro de 2010”, disse.

 



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