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VARIEDADES

Dólar tem leve recuo, mas segue acima de R$ 5 mesmo com leilão de US$ 2 bi do BC

O dólar recua levemente na tarde desta terça-feira (17), em pregão ainda volátil, após superar R$ 5 no fechamento da véspera, com os..

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Publicado: 17/03/2020 às 13h33min | Atualizado 17/03/2020 às 13h34min

Foto: reprodução

O dólar recua levemente na tarde desta terça-feira (17), em pregão ainda volátil, após superar R$ 5 no fechamento da véspera, com os investidores reagindo a leilões do Banco Central e à espera da decisão de juros pelo Copom.

Às 12h30, a moeda norte-americana caía 0,3%, vendida a R$ 5,03.

“Todo o movimento de hoje está em torno do coronavírus”, disse à Reuters Flavio Serrano, economista sênior do banco Haitong. “Há uma pequena correção em relação ao movimento de ontem, mas tudo vai depender das notícias (sobre o vírus). É um movimento de ‘risk on-risk off'”, afirmou.

Segundo Serrano, também “há expectativa maior em relação ao Banco Central” após anúncio de novo leilão para esta terça-feira. O BC vendeu US$ 2 bilhões por meio de leilões de linhas – venda com compromisso de recompra. Na sexta-feira a autoridade monetária já tinha feito movimento semelhante, ao fazer oferta líquida de moeda nessa modalidade pela primeira vez desde dezembro.

Os leilões de linha costumam ser realizados em momentos de demanda pontual por liquidez.

Na segunda-feira, quando o dólar à vista saltou 4,86% e fechou a R$ 5,0467 na venda, nova máxima recorde nominal para um encerramento, e tocou R$ 5,07 na máxima do dia, o BC não interviu nos mercados de câmbio.

Decisão sobre juros

Ainda no radar dos investidores está a reunião de política monetária do Copom, com amplas expectativas de novo corte na taxa Selic. Pesquisa da Reuters divulgada na sexta-feira mostrou que as autoridades provavelmente reduzirão a taxa básica de juros de 4,25% para 4% ao ano na quarta-feira, de acordo com 13 dos 26 analistas consultados entre 9 e 13 de março.

Oito dos analistas que responderam à sondagem previram uma redução mais agressiva, de 0,5 ponto percentual, para 3,75%, enquanto cinco disseram que não esperavam nenhuma mudança.

Desde então, em meio a medidas cada vez mais dramáticas em todo o mundo para conter a pandemia, as apostas em cortes mais profundos aumentaram, com bancos como o UBS precificando corte de 1 ponto percentual.

Já a XP Investimentos disse em nota nesta terça-feira que “a chance de corte de 0,75 ponto percentual na taxa Selic subiu consideravelmente após o anúncio de medidas (pelo governo brasileiro)”, mas que continua “acreditando que o BC cortará 0,5 ponto percentual nessa semana”.

Pacote contra coronavírus

O Ministério da Economia anunciou na segunda-feira pacote de R$ 147,3 bilhões voltados ao combate dos efeitos do coronavírus, com medidas que incluem a antecipação de pagamentos obrigatórios, remanejamento de gastos e prorrogação de recolhimento de tributos.

Recentemente, os patamares cada vez menores da Selic foram apontados como um fator responsável pela disparada do dólar, que já acumula alta de cerca de 25% em 2020. A redução do diferencial de juros entre o Brasil e outros países torna rendimentos locais baseados na taxa básica de juros menos atraentes para o investidor estrangeiro, o que reduz a entrada de fluxos nos mercados brasileiros.

Fonte: CNNBrasil



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