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Diário da Amazônia

Empreendedores apontam estabilização

Um ano depois dos rumores de que Rondônia enfrentava as consequências da crise mundial, com tendência à falência, apesar dos altos..

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Publicado: 04/08/2014 às 20h17min | Atualizado 09/04/2015 às 23h33min

Um ano depois dos rumores de que Rondônia enfrentava as consequências da crise mundial, com tendência à falência, apesar dos altos investimentos realizados, tanto pela esfera pública quanto pela iniciativa privada, o cenário hoje é de consolidação dos projetos implementados, e a expectativa é de crescimento de forma equilibrada, após a turbulência provocada durante a construção das usinas do rio Madeira e a estabilização da economia, que deu ao comércio local ânimo para a expansão.

Essa é a visão de alguns empreendedores ouvidos pelo Diário na sexta-feira, quando as agências bancárias estavam lotadas de pessoas, a maioria servidores públicos do Estado que recebiam a primeira parcela do 13º salário, uma semana após ter sido creditado em suas contas o salário do mês de julho e duas semanas antes do Dia dos Pais.

Para a empresária Leiza Grisi Jurado, que há cinco anos administra, juntamente com a filha Flávia Jurado, a franquia de lavanderias a seco em Porto Velho, passado o período do “boom” populacional e da consequente alta inflação, sobretudo no setor imobiliário, em decorrência da construção das usinas Santo Antônio e Jirau, o momento agora “é de colocar o pé no chão” para, aos poucos, ir retornando à realidade, com foco no crescimento, “mas sem desatino”.

Um dos fatores que contribuem com a estabilização, segundo a empresária, é a injeção de recursos com o pagamento dos salários em datas previamente estabelecidas, de forma que todos possam se programar: o comércio com suas ofertas, e os funcionários, que ao receber seus proventos quitam as dívidas e partem para novas compras, sem perder a confiança dos credores.

“Eu precisava muito desse dinheiro para pagar umas contas, por isso gostei de receber em agosto, pois se fosse só em dezembro eu iria pagar juros”, disse a funcionária pública, Maria Rute, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), após receber a antecipação do dinheiro extra referente à primeira parcela do 13º.

Ampliação do poder de compras e novos créditos

Para Luizmar Batista, representante de um grupo empresarial de lojas de roupas e calçados em Porto Velho, o primeiro índice que mede a economia é o emprego. “Se tem emprego, tem salário e tem consumo. Pois toda vez que tem dinheiro, a pessoa gasta”, afirmou, acrescentando que o pagamento dos salários em data estabelecida representa ganho para todos, pois faz o servidor honrar seus compromissos.

Pagando as contas, faz cair a inadimplência e ainda abre mais crédito no comércio, pois se não paga, a loja acaba acionando os órgãos de proteção ao crédito, que, por sua vez, acabam bloqueando a compra a prazo em outras lojas.

“Vejo que Rondônia continua sendo um Estado de grandes oportunidades e a pontualidade do pagamento aos servidores e também aos credores tem refletido bem no comércio. Tudo acontece de forma mais rápida. Aliás, nunca considerei que o Estado estivesse quebrado ou em fase de falência, mas de ajustes”, argumentou Luizmar Batista.

De acordo com o secretário estadual de Finanças (Sefin), Gilvan Ramos, de janeiro de 2011 até agosto de 2014, já foram injetados na economia estadual mais de R$ 10 bilhões, só com a folha de pagamento dos servidores, “com pagamentos realizados sempre no mês trabalhado”.



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