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RONDÔNIA

Empreendedorismo: Um mundo de possibilidades e realizações

No dia 5 de outubro foi  comemorado o Dia do Empreendedor, para celebrar a data e inspirar aqueles que desejam abrir o próprio negócio,..

Por Portal SGC
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Publicado: 06/10/2014 às 13h31min | Atualizado 28/04/2015 às 15h05min

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No dia 5 de outubro foi  comemorado o Dia do Empreendedor, para celebrar a data e inspirar aqueles que desejam abrir o próprio negócio, a reportagem do Diário da Amazônia, produziu a série: Tudo por uma ideia, que contará a história de jovens empreendedores (Fotos) que resolveram “arriscar” tudo em busca de uma ideia.

A série foi dividida em cinco casos de sucesso, que serão publicados do dia 07 ao dia 11 de outubro. Mas antes de conhecer os casos que deram certo, vamos descobrir afinal de contas o que é o empreendedorismo?
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) — entidade que tem por missão fomentar o empreendedorismo e promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas — empreendedorismo são habilidades para ideação, construção, gerenciamento e desenvolvimento de projetos e negócios, tanto no ambiente social como empresarial.

Segundo a analista do Sebrae-RO, Silane Guedes Silva, empreender não é um bicho de sete cabeças, mas também não é algo que pode ser levado sem planejamento, sem um plano de negócio. “É importante que o empreendedor se dedique a conhecer sobre o mercado em que pretende atuar. Vários serão os obstáculos que surgirão ao longo do caminho, mas com determinação, organização, metas traçadas e objetivos definidos, o sucesso é garantido”, expõe Guedes.

Ainda segundo a analista do Sebrae-RO, é fundamental que os futuros empreendedores desenvolvam um plano de negócio antes de colocar em prática suas ideias. “O plano de negócio é um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, em vez de cometê-los no mercado”, explica Silva.

De acordo com o livro – Como elaborar um plano de negócio, desenvolvido pelo Sebrae em 2013, o plano de negócio é o instrumento ideal para traçar um retrato fiel do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor, o que propicia segurança para quem quer iniciar uma empresa com maiores condições de êxito ou mesmo ampliar ou promover inovações em seu negócio.
Silane Guedes esclarece que as oportunidades de negócios são definidas pelas possibilidades de bons resultados que o empreendedor vislumbra ao implantar um novo empreendimento. “Ter o próprio negócio, já passou em algum momento pela cabeça de muitos, porém a maioria desconhece que: tempo, dedicação, capacidade de lidar com riscos, planejar, conhecer o mercado, são pontos fundamentais para obter o resultado desejado. Em qualquer empreendimento é necessário força, vontade de trabalhar e liderança”, diz Guedes.

Fomento da economia

O Sebrae aponta que as empresas de pequeno porte são fundamentais para estimular a economia do País e possibilitar a inclusão social, mediante a maior oferta de postos de trabalho.
Elas representam 99,1% dos empreendimentos formais no Brasil, geram 52,2% dos empregos com carteira assinada e respondem por 20% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo informações do Portal do Empreendedor, até o dia 31 de setembro, 4.367.796 milhões de empresas estavam cadastradas em todo o Brasil como Microempreendedor Individual – pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. No Estado de Rondônia 32.027 estavam cadastras, na Capital 11.189.

De acordo com a pesquisa ‘Empreendedorismo no Brasil’, de 2013, realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBPQ) e o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com apoio do Sebrae, a faixa etária que domina as taxas de empreendedores é a de 25 a 34 anos.
Segundo os dados da pesquisa GEM, esse perfil de empreendedor representa 21,9% do total brasileiro, que chega a 40 milhões. A pesquisa apontou ainda, que mais da metade (52%) dos novos empreendedores do Brasil são mulheres.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referente a 2013, também apontou pontos positivos para o empreendedorismo.
Segundo os dados da pesquisa, em 2013, cresceu 1,2 ponto percentual a quantidade de profissionais autônomos que trabalhavam em empreendimentos registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o que soma 19,7 milhões de trabalhadores que trabalham ‘por conta própria’, cerca de 3,5 milhões (18%) estão vinculados a um CNPJ. Em 2012, este percentual era 16,8%.

As Regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores participações de empreendedores individuais em 2013: 27,9% (+1,4%) e 24,5% (+0,6%), nessa ordem. No Sudeste, eles eram 23,3% (+0,5%); no Sul, 28,5% (+0,5%); e no Centro-Oeste, 19,7% (+0,1%). com CNPJ. Em 2012, eram 76,2%.
Na avaliação dos resultados positivos apontados em várias pesquisas, o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, afirma que os resultados indicam a vitalidade do empreendedorismo no País mesmo em um período de pleno emprego. “ O empreendedorismo passa por um momento muito bom no Brasil. A proporção hoje é de dois negócios abertos por oportunidade para cada um aberto por necessidade. A perspectiva é de que os pequenos negócios continuem em uma trajetória de crescimento, já que o mercado interno brasileiro ainda oferece muitas oportunidades de negócios, seja para a classe média, em expansão, seja para segmentos específicos de mercado”, expõe.

Ainda segundo Luiz Barreto, o que contribuiu muito para essa força econômica dos jovens empreendedores foi também a mudança de comportamento. “Há 10, 20 e 30 anos, o sonho do jovem era estudar para garantir um bom emprego ou no serviço público ou em uma grande empresa, com estabilidade. Hoje, não. Temos pesquisado que 50% dos jovens que possuem entre 18 a 24 anos aspiram um dia a se tornarem empreendedores”, diz.

Erros comuns dos empreendedores

Seguir com um negócio próprio é um desafio e tanto! Exige não apenas enorme dedicação, mas também muito conhecimento em técnicas de gestão e comportamento de mercado.
Os empreendedores podem cometer erros, como abrir um negócio antes de realizar qualquer tipo de planejamento inicial. As consequências práticas desta atitude podem ser desastrosas para qualquer negócio.

Todos os erros citados abaixo podem ser transformados em diferenciais competitivos, já que quanto mais o empreendedor conhece seu negócio, seu mercado, suas capacidades, suas deficiências e realiza projeções financeiras para seu controle, mais subsídios ele terá para ganhar a guerra que se tornou o mercado.
Por falta de experiência, ou mesmo devido à rapidez com que as decisões devem ser tomadas, é comum vermos negócios bem estruturados falirem.

Atuar na informalidade

Empreendedores iniciantes se vêm tentados a começar as atividades de maneira informal. A intenção principal é fugir dos impostos, porém a verdade é que sem a formalização o negócio fica impedido de crescer. Apenas com o CPNJ haverá as possibilidades de emissão de nota fiscal, abertura de conta bancária para pessoa jurídica, uso de máquinas de cartão de crédito e solicitação de empréstimos públicos a juros mais baixos. Sem contar que na informalidade sua atividade será sempre encarada como algo pouco profissional e improvisado. O que isso significa? Perda de mercado e de vendas!

Começar sem um plano de negócios

Antes de iniciar qualquer atividade, o empreendedor deve elaborar um plano de negócios, ferramenta fundamental para o sucesso de qualquer projeto. É por meio dele que o empresário definirá ações e metas a serem cumpridas a curto, médio e longo prazos. As estatísticas indicam que um em cada três novas empresas brasileiras fecham antes de completar um ano por pura falta de planejamento. Fuja dessa margem tão negativa! Trace um bom plano de negócios e comece com o pé direito!

Falta de capacitação

Você é professor e decidiu abrir uma escola para aulas de reforço? Ótimo! Experiência no ramo de atuação é importante, mas saiba que não é tudo. Boa parte dos empreendedores iniciantes acredita que pode levar uma empresa adiante apenas com base em conhecimento técnico. Porém isso é um erro! Se não souber aplicar técnicas corretas de administração, o empresário corre o risco de ver o negócio afundar. Então o segredo é procurar se capacitar para ser um bom gestor.

Desorganização financeira

As maiores dúvidas dos micro e pequenos empresários estão relacionadas ao setor de finanças. Muitos vivem mergulhados em uma completa desorganização financeira, o que muitas vezes leva as contas bancárias ao vermelho. O primeiro passo para corrigir o erro é realizar o fluxo de caixa. Com planilhas simples é possível controlar os valores que entram e saem, inclusive com previsões futuras. Dessa forma o empresário terá total controle da situação monetária e poderá planejar o crescimento saudável do negócio.

Confusão patrimonial

Esse é um dos erros mais comuns entre os negócios de pequeno porte. A confusão patrimonial se caracteriza quando o empresário usa o dinheiro da empresa para pagar despesas pessoais, como a fatura do cartão de crédito, a escola dos filhos e as contas da casa. O dono do negócio deve fixar uma retirada mensal, tecnicamente chamada de pró-labore e encará-la como um salário. A possibilidade de saques extras deve ser descartada e os recursos devem ser aplicados na própria empresa, para que ela tenha condições de crescer.

Cálculos errados para lucro e preço

Empreendedores iniciantes também costumam errar muito na hora de definir a margem de lucro e fixar preços de produtos. É bastante comum encontrar empresários que vendem muito, mas queixam-se de que no final do mês não conseguem ver o dinheiro entrar. Isso acontece em razão de cálculos equivocados. Saiba que há técnicas corretas para definir margens de lucro e preço de produtos e serviços. Se você não as conhece está na hora de rever as finanças da empresa!

Não negociar com fornecedores

Cortar gastos e economizar ao máximo: o empreendedor que pensa assim vai longe! Uma estratégia importante para se conseguir o melhor aproveitamento dos recursos é negociar com os fornecedores. Se você tiver um bom fluxo de caixa, conseguirá fazer compras grandes com pagamento à vista, o que pode significar custos menores na hora de repor o estoque e lucros mais altos no momento das vendas. Portanto, sempre pesquise váriosfornecedores e negocie com eles na busca do melhor negócio!

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