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Diário da Amazônia

Mantega não acredita em “novidades”

O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que o efeito das eleições no mercado financeiro está sendo superestimado e que a..

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Publicado: 06/10/2014 às 13h42min | Atualizado 11/04/2015 às 07h06min

Mantega afirma que o papel das eleições foi superestimado

Mantega afirma que o papel das eleições foi superestimado

O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que o efeito das eleições no mercado financeiro está sendo superestimado e que a turbulência, tanto na cotação do dólar quanto na Bolsa de Valores, se deve prioritariamente ao cenário externo.

Ao votar ontem (5), no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, Mantega disse não acreditar em “grandes novidades” no comportamento do mercado nesta segunda-feira (6), primeiro dia de negócios após a definição sobre um eventual segundo turno das eleições para presidente.
“O mercado vai depender da economia internacional. Vocês estão superestimando o papel das eleições”, afirmou. “Estamos passando por algumas semanas de turbulência, porque o Fed [banco central dos EUA] sinalizou que vai aumentar os juros, tivemos queda dos preços das commodities e notícias ruins no front europeu e asiático. Isso tudo é o que tem levado à desvalorização de várias moedas”, disse Mantega.

Na última semana, a Bolsa brasileira caiu 4,67% e a cotação do dólar subiu 2,13%, chegando a R$ 2,47. Investidores reagiram mal às pesquisas que mostraram Dilma Rousseff (PT) despontando na frente da disputa. Eles criticam a gestão econômica do governo e o responsabilizam pelo atual cenário de crescimento econômico perto de zero e pela inflação elevada.

Para Mantega, existe um componente da turbulência que é derivado da incerteza eleitoral, mas ele não é preponderante.
“É possível que eleição cause alguma volatilidade passageira, mas nada que se compare com 2002, quando tivemos uma mega desvalorização do real”, afirmou.

Naquele ano, em razão do temor do mercado de que a eleição de Lula pudesse representar uma mudança na economia, com eventual calote da dívida, investidores deixaram o país e o dólar disparou, de R$ 2 para R$ 4. “Agora o real é uma moeda sólida”, disse Mantega.
O ministro informou que, apesar do dólar ter encostado em R$ 2,50 na última semana, houve entrada de moeda estrangeira no Brasil na última semana. “O mercado à vista está calmo, quem precisa de dólar, tem dólar”.



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